Cerca de 100 motoristas fizeram um protesto diferente para pedir a redução no preço da gasolina. No fim da tarde de sexta (28), eles foram a um posto no centro de Taguatinga, cidade a aproximadamente 25 quilômetros de Brasília, e todos abasteceram apenas com R$ 0,50, muitas vezes usando o cartão de crédito para pagar, e pediram a nota fiscal. A intenção do protesto, que foi organizado pelas redes sociais, é causar prejuízos aos donos dos postos de gasolina com a emissão das notas ficais com valores baixos. “De janeiro até agora já tivemos quatro aumentos no combustível. Não queremos prejudicar os donos dos postos, mas em Brasília é absurdo que todos os postos cobrem R$ 3,15 por litro de gasolina”, disse Charles Guerreiro, presidente da Associação Brasileira de Defesa dos Consumidores de Combustíveis e Derivados, ao justificar o protesto. O servidor público Rodrigo Augusto abasteceu os R$ 0,50. Para ele, isso é uma forma de mostrar que o brasileiro não vai aceitar os reajustes. “O brasileiro tem facilidade para comprar o carro, mas não consegue pagar a prestação e colocar gasolina com esses preços absurdos. A gente protesta de forma pacifica e mostra que temos que juntar o que dá para pagar o combustível”, disse o servidor, que pagou o valor com moedas de R$ 0,01. Apesar de considerar legítima todas as formas de protesto, Ricardo Recch, um dos sócios do posto, acredita que lá não é o lugar certo para este tipo de manifestação. “Quem faz o reajuste é a Petrobras, eu acredito que o lugar mais apropriado seria na sede da estatal ou nos órgãos governamentais responsáveis pelo aumento. O posto apenas faz o repasse”, disse Recch. Outros protestos semelhantes estão previstos para a noite desta sexta-feira em mais postos da capital federal. Pollyane Marques, Agência Brasil
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