Menina no aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, ao lado de cartaz assinado por diversas pessoas pedindo para que não se perca a esperança em busca do avião desaparecido (Foto: Daniel Chan/AP)
Autoridades e equipes de busca oficiais ainda não encontraram sinais do voo MH370, da Malaysia Airlines, que desapareceu no último sábado. Em meio a informações desencontradas em relação ao último paradeiro do avião, uma empresa norte-americana decidiu que a melhor maneira para resolver o mistério é recorrer à força das massas. A Digital Globe enviou dois de seus satélites para mapear os locais de busca no Golfo da Tailândia e no mar da China. A empresa também faz imagens do Estreito de Mallaca, depois de informações divulgadas na terça-feira (11), e posteriormente questionadas, levantarem a hipótese de que o avião tinha se distanciado em muito de sua rota original. A intenção é mirar em áreas que não foram cobertas por outros satélites ou onde o mal tempo pode ter dificultado as buscas.
As imagens feitas são publicadas no site de crowdsourcing Tomnod, onde internautas podem ajudar a identificar os destroços de acidentes e outros ocorridos. Desde que as imagens da Digital Globe passaram a ser publicadas, o Tomnod começou a experimentar dificuldades para se manter no ar, dada a quantidade de internautas que tenta acessar a página. Na segunda-feira (10), quando as primeiras fotos foram publicadas, o site recebeu mais de 500 mil visitantes únicos em menos de 24 horas. Segundo Luke Barrington, diretor sênior de big data geoespacial da Digital Globe, disse ao The Wall Street Journal, as primeiras imagens foram vistas por mais de 100 mil voluntários que examinaram cada pixel mais de 100 vezes. Nenhum deles encontrou qualquer sinal dos destroços do voo. No caso de algum sinal ser encontrado, o internauta pode enviar um aviso pelo próprio Tomnod.
A Digital Globe faz imagens de satélite para governos e clientes privados. Serviços de crowdsourcing no caso de crises e desastres naturais são prestados de graça. No ano passado, a empresa ajudou nas buscas pelo navio Nina, que desapareceu em algum ponto na costa da Austrália.
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