Os autores do projeto afirmam que não se pode banalizar o Holocaustoutilizando de maneira mundana expressões ligadas ao genocídio e que ainda chocam o Estado Judeu quase 70 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial
O genocídio nazista, que deixou 6 milhões de judeus mortos, é um dos maiores tabus em Israel. Mas símbolos ligados a ele estão sendo usados por vários grupos. Judeus ultra-ortodoxos, por exemplo, costumam vestir a infame Estrela de Davi amarela – que os judeus eram obrigados a usar em alguns locais controlados pelos alemães e seus aliados – como protesto contra o alistamento militar obrigatório (acima) Grupos ultranacionalistas também costumam chamar os próprios soldados israelenses de “nazistas” quando as tropas destroem colônias ilegais na Cisjordânia.
Mas o Holocausto também é invocado por políticos quando querem se referir a ameaças internas ou internas ao país. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não hesita em fazer a comparação quando discursa sobre a ameaça nuclear iraniana.
O projeto de lei está sendo criticado por muitos, que o consideram uma afronta à liberdade de expressão. Um deles é o diretor do Museu do Holocausto, Avner Shalev, para quem é necessário investir na educação, e não na censura: “Temos que construir um processo educacional, criar uma atmosfera na qual coisas desse tipo não são feitas”.
O projeto foi apresentado em meio ao escândalo envolvendo o comediante francês Dieudonne M'bala M'bala, conhecido por fazer um gesto parecido com a saudação nazista. Diversos países europeus proíbem o uso de símbolos nazistas e consideram crime negar que o Holocausto aconteceu. O Brasil também faz parte desse clube. http://oglobo.globo.com
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