> TABOCAS NOTICIAS : GUARATINGA-BA: Sem Terras ocupam prefeitura e denunciam descaso com a Educação do Campo

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

GUARATINGA-BA: Sem Terras ocupam prefeitura e denunciam descaso com a Educação do Campo

Iniciando mais um jornada de luta do MST no estado da Bahia, cerca de 650 Trabalhadores Rurais Sem Terra, moradores de assentamentos e acampamentos do município de Guaratinga, localizado na região do extremo sul baiano, se mobilizaram e ocuparam hoje (28/01) a Prefeitura Municipal. Os agricultores reivindicam financiamento público para melhorar as condições de ensino nas comunidades rurais.
Para os trabalhadores mobilizados esta ação tinha que acontecer, já que as péssimas condições das estruturas físicas das escolas do campo estão fragilizando o processo metodológico adotado pelos educadores e em conseqüência o aprendizado. Além disto, as estradas que deveriam facilitar o deslocamento de algumas crianças até a sede municipal encontram-se sem nenhuma manutenção, cheias de buracos, o que preocupa muitos familiares.
Os Sem Terras denunciam também, a improbidade administrativa com relação ao pagamento dos servidores da educação. Eles afirmam que estão com três meses de salário atrasado referente ao ano letivo de 2013 e vários dos serventes, dos que exercem serviços gerais nas escolas, trabalham numa carga horária de 40horas por dia recebendo em media 150,00 a 200,00 por reais mensais no contra cheque de professores, que repassam aos mesmos.
O MST vem dialogando com a Prefeitura de Guaratinga desde o ano passado a procura de soluções para os problemas já citados, porém nada mudou. 
Encontra-se no município cerca de quatro comunidades do MST onde vivem cerca de 700 crianças que utilizam o serviço publico municipal de educação. Pensando nisto Evanildo Costa, da Direção Estadual do MST na Bahia, afirma que está ação reivindica não somente melhorias físicas, mas sim um processo de luta no campo política social que visa a implementar de maneira eficaz condições estruturais e pedagógicas nas escolas do campo, principalmente as localizadas em Assentamento e Acampamentos.
Como ato de indignação a precariedade denunciada pelos agricultores, foi encaminhada uma carta ao Promotor de Direitos Públicos João Alves da Silva Neto afim de garantir reais mudanças no processo educativo municipal.
Os Sem Terras encontram-se mobilizados dentro da Prefeitura e aguardam uma resposta as denuncias realizadas da atual gestão administrativa do município. 
A polícia militar está no local tentando negociar a desocupação mas os trabalhadores resistem e não possuem perspectiva de saída. (Wesley Lima) http://amarelinho10.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário