Rafael Motta/Do UOL, em Santos (SP)
Três pescadores de Praia Grande (71 km de São Paulo) encontraram, no domingo (3) à noite, um peixe-lua (Mola mola). O animal foi capturado por acidente a cerca de um quilômetro da costa, onde se enrolou em uma rede de pesca, e possivelmente já estava morto.
É o segundo peixe dessa espécie recolhido por pescadores, em menos de um mês, na Baixada Santista (litoral paulista). Em 10 de outubro, a 500 metros da praia de Boraceia, em Bertioga (103 km de São Paulo), um peixe-lua foi trazido à areia, cortado e parcialmente comido -- o gosto foi reprovado.
Recolhido nessa segunda-feira (4), o peixe-lua localizado em Praia Grande foi pesado e medido no final da manhã desta terça (5) na sede do Projeto Biopesca, uma ONG (organização não governamental) situada na praia do Canto do Forte, na cidade.
Segundo a bióloga Carolina Bertozzi, coordenadora da ONG, o peixe tinha 1,54 metro de comprimento, 2,06 metros de altura (incluídas as nadadeiras) e pesava 150 quilos -- metade do estimado pelos pescadores que o encontraram.
"Não empalharemos o peixe [para exposição]. Estamos coletando material biológico, pois há poucas informações sobre o peixe-lua. Como está sendo cortado para a retirada do estômago e de outros materiais para pesquisa, ele será descartado", explica a bióloga.
Nenhum dos exemplares vistos na Baixada é dos maiores já observados. O maior exemplar já catalogado tinha 3,3 metros de comprimento e pesava 2,3 toneladas -- 15 vezes mais que o peixe achado em Praia Grande e até 46 vezes o peso do de Bertioga, calculado entre 50 e 80 quilos (não houve medição).
Os peixes-lua vivem em águas profundas, a aproximadamente 200 quilômetros a costa, e alimentam-se de outros peixes, moluscos, crustáceos e estrelas-do-mar.
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