por Agência Estado
A lentidão da Justiça brasileira pode fazer com que cerca US$ 28 milhões que estão bloqueados na Suíça acabem por retornar aos bolsos de condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha no caso que ficou conhecido como "propinoduto", que envolvia fiscais das receitas federal e estadual do Rio de Janeiro, entre eles Rodrigo Silveirinha - ligado aos ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho. As autoridades suíças enviaram ofício ao governo brasileiro, datado de 17 de maio deste ano, cobrando uma definição do caso, que já dura uma década. Alertaram que, pela lei do país europeu, esse é o prazo limite para reter o dinheiro no país. Sem uma decisão final da Justiça, os recursos devem ser liberados para saque dos donos originais das contas bancárias. O Ministério da Justiça repassou o alerta ao Ministério Público Federal, que ingressou com pedido de "prioridade de julgamento" do recurso. Há quatro anos, o processo se arrasta no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Já passou pela mão de cinco diferentes relatores. Mesmo que seja julgado imediatamente, os quase 70 volumes terão ainda de passar pela análise dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Procurados, o Ministério da Justiça e o STJ não comentaram o caso.
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