O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve nesta terça-feira a projeção de crescimento econômico para o Brasil neste ano, em 2,5%, mas reduziu a estimativa para o próximo ano, de 3,2% para 2,5%. Com isso, o Brasil ocupa a última colocação entre os países emergentes em 2014.
Segundo a entidade, a inflação mais alta reduziu a renda real dos brasileiros e pode pesar sobre o consumo, que vem segurando o crescimento da economia do país nos últimos anos.
Ainda de acordo com o FMI, as eleições presidenciais em 2014 podem atrapalhar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).
Brasil deve continuar aperto monetário, diz FMI
Em relatório divulgado nesta terça-feira (8), a instituição aponta o Brasil entre os países, ao lado de Índia e Indonésia, que devem continuar com o aperto monetário, “para enfrentar a continuidade de pressões inflacionárias causadas por restrições de capacidade”, as quais tendem a ser reforçadas pela recente desvalorização do câmbio.
Para melhorar as perspectiva de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), o FMI destaca a importância de o Brasil remover barreiras ao investimento, mesma tarefa que cabe à Índia. O documento diz ainda que o país está entre os emergentes que precisa “reconstruir o espaço fiscal”, sendo desejável tomar passos decididos nessa direção, dado o fato de que a dívida pública já é elevada.
No caso de Brasil e Índia, gargalos regulatórios e de infraestrutura desaceleração o crescimento da oferta num cenário de uma demanda doméstica ainda forte. “Como resultado, pressões externas aumentaram nessas economias”. No caso do Brasil, o déficit em conta corrente vem crescendo, atingindo 3,6% do PIB nos 12 meses até agosto. O FMI projeta um rombo de 3,4% do PIB em 2013 e de 3,2% do PIB em 2014.
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