A denúncia de uma universidade boliviana originou a investigação da PF (Polícia Federal) sobre o esquema de uso de documentos falsos para revalidação, na UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso), de diplomas de medicina obtidos no exterior.
A UFMT disponibiliza em seu site o nome, faculdade e ano de conclusão de curso de todos os candidatos inscritos no programa de revalidação. No Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira), aplicado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), apenas o CPF do candidato é publicado na internet. O diretor da faculdade de medicina da UFMT, Antônio José de Amorim, contou que a partir da análise de informações disponíveis no site da universidade, o reitor de uma faculdade da Bolívia teria procurado o consulado do Brasil em Cochabamba para informar que pessoas que diziam ter concluído os estudos na instituição, na verdade, não estudaram lá.
Segundo Amorim, a UFMT ficou sabendo da denúncia por um e-mail enviado por uma funcionária do Itamaraty para a reitora da universidade. Como não era uma denúncia formal, a instituição mandou correspondência para todas as escolas da Bolívia com candidatos inscritos no programa de revalidação e as faculdades respondiam quais candidatos realmente tinham estudado no local indicado.
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