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terça-feira, 8 de outubro de 2013

8 de Outubro – Dia do Nordestino

8 de Outubro é Dia do Nordestino. No Nordeste, a comemoração é em homenagem a data de nascimento de Catulo da Paixão Cearense, autor da célebre música “Luar do Sertão”. Em São Paulo, cidade onde vive o maior número de nordestinos fora o próprio Nordeste, a data homenageia o nascimento de Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, poeta popular, compositor e cantor cearense.

O Nordestino é originário das misturas de diversos povos: o branco, representado pelo colonizador português, os invasores estrangeiros e imigrantes diversos; o índio, povo nativo da região, que faziam parte de diversas tribos; e o negro africano, trazido na condição de escravo para trabalhar nas lavouras canavieiras, na industrialização do açúcar, nas fazendas e nas mais diversas atividades braçais. Essa miscigenação fez surgir os mestiços, resultados da união de raças diferentes, dando origem a três variedades: o mulato (preto + branco), o caboclo (branco + índio) e o cafuzo (índio + preto).

O resultado da mistura de todos esses povos, aliados às características da terra, do clima e às condicionantes econômicas, acabou formando a população nordestina atual e conferindo a ela um sentido de luta e o desejo e a certeza de vencer.

Apesar, muitas vezes, das adversidades do tempo e da terra, o nordestino conserva os costumes, tradições e história, através do artesanato, artes plásticas, arquitetura, música e preservação dos seus monumentos históricos. É visível seu apego às tradições mais remotas e a um folclore belíssimo e bastante variado, de acordo com os contrastes existentes nos vários Estados da região Nordeste. Ele jamais esquece a terra onde nasceu. Às vezes, devido às adversidades do tempo ou a situações econômicas desfavoráveis, são obrigados a emigrar para outras regiões do país. Mas sempre que podem e as condições de vida mudam, voltam para os seus familiares e amigos e para a “terra querida”.

Alguns tipos de pessoas são muito comuns no nordeste. Os mais conhecidos nacionalmente de acordo com as habilidades adquiridas são: os sertanejos, os vaqueiros, os repentistas e os jangadeiros.

O sertanejo é exemplo de bravura e possui uma das mais expressivas culturas artesanais do país. Está sempre preocupado com a seca, uma vez que, com maior ou menor intensidade, ela sempre ocorre. É conhecido como trabalhador, amigo sincero e leal, respeitador, mas é também um homem destemido, que “não leva desaforo prá casa”. É conhecido como “cabra macho” e é a representação imediata da coragem, força e resistência. Sua valentia é contada em prosa e verso.

Os vaqueiros são trabalhadores que, montados em seu cavalo, cuidam do gado. Para protegerem-se dos arbustos e espinhos da vegetação local usam uma vestimenta característica: chapéu de couro, gibão de couro curtido, calças-perneiras justas e luvas.

Os violeiros ou repentistas são cantadores de viola que têm muita habilidade para compor versos de improviso. São muito respeitados e admirados em todo o Estado. Algumas de suas cantorias são verdadeiras obras primas de nossa literatura.

Os Jangadeiros são trabalhadores típicos do litoral. Passam a maior parte do tempo em alto mar à procura do peixe, que serve de alimento para a família e é a fonte de renda para o seu sustento. Geralmente moram em casas simples, construídas perto da praia.

Mas o nordeste também é povoado de outras pessoas típicas, como as rendeiras, os agricultores, os “coronéis” (em extinção), os beatos, os retirantes, os matutos, os canavieiros, etc . São ainda nordestinas algumas figuras das mais expressivas tais como Joaquim Nabuco, Rui Barbosa, Gilberto Freire, Manuel Bandeira, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, José de Alencar, Jorge Amado, Ariano Suassuna, Luiz da Câmara Cascudo, Luiz Gonzaga, Fagner, Zé Ramalho, Caetano Veloso, Elba Ramalho, Chico César, André Vidal de Negreiros, Augusto dos Anjos, José Américo de Almeida, Raquel de Queiroz, Celso Furtado, João Cabral de Melo Neto, Zé da Luz, Sivuca, Capiba, Jessier Quirino e muitos outros expoentes que enriquecem ou enriqueceram o cenário brasileiro e, até, internacional.

Não confundir com 13 de dezembro, Dia Nacional do Forró, em homenagem a data natalícia do músico Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião.

Fonte: Araripina Pernambuco / Cultura Popular

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