João Bosco Leal
Vivemos em um país que, atendendo a interesses escusos e quase sempre externos, cria tantas reservas ecológicas, parques de preservação e áreas indígenas que literalmente inviabiliza economicamente várias propriedades, municípios ou até mesmo estados, como o de Roraima.
Projetos como os de construção de usinas hidrelétricas, extremamente importantes para o desenvolvimento de determinadas regiões, são de dificílima aprovação nos Ministérios, como o do Meio Ambiente e outros.
Se na região onde seria construída houver alguma aldeia indígena, nossos governantes têm aceitado ouvir opiniões e palpites de atores, cantores, brasileiros e estrangeiros, todos totalmente ignorantes em relação ao assunto, mas inteligentes o bastante para saber que sua posição em favor de uma aldeia indígena - que sequer conhecem -, lhes dará muita visibilidade na mídia, o que, afinal, é o que realmente lhes interessa.
Com a presença de estrangeiros na promoção de protestos contra a sua construção, a obra é interrompida diversas vezes e o governo, sob pressão, muda radicalmente o projeto, alterando o local de sua implantação, mesmo que isso custe milhões ou bilhões de reais aos cofres públicos.
A nova usina deixa então de alagar a área de cinquenta famílias de indígenas e, com a mudança radical do projeto e alteração do local de sua implantação, passa a alagar outras áreas, férteis e cultivadas, de centenas de famílias de outros brasileiros, brancos, negros, amarelos e de diversas outras etnias, que lá produziam.
Afinal, qual a diferença entre brasileiros índios e brasileiros não índios? Simples, defender brasileiros que não sejam indígenas não dá visibilidade na mídia e, além disso, alagar as áreas onde estavam produzindo impede que façam concorrência comercial no mercado agrícola mundial. Por outro lado, a despeito do espanto dos politicamente corretos, atualmente tão em voga, o fato é que, alagar terras onde vivem poucas famílias indígenas, alocando-as para outras áreas, além de não prejudica-las, não afetará as exportações do agronegócio brasileiro, extremamente competitivo em relação ao de qualquer outro país, e responsável por praticamente quarenta por cento de tudo o que o país exporta.
Mesmo após a demarcação de centenas de milhares de hectares de terras para os índios, atualmente o Mato Grosso do Sul vive momentos de muita tensão, pois possui a segunda maior população indígena do país que, incentivados por pessoas não índias, estrangeiros e funcionários da FUNAI e do Cimi - Conselho Indigenista Missionário, um braço da Igreja Católica, recomeçaram a invadir terras de produtores rurais.
São mais de trinta propriedades rurais, totalizando 17.000 hectares, invadidas por índios, abrindo a possibilidade de um derramamento de sangue entre irmãos, todos brasileiros, mas inflamados por estrangeiros e cidadãos inescrupulosos como os dirigentes da FUNAI, que sabem perfeitamente, nos termos da Constituição Federal, somente é considerada terra indígena aquela que estivesse OCUPADA por índios em 05 de Outubro de 1988, sendo de 05 (cinco) anos, a contar de tal data, o prazo determinado pela Constituição para que essas áreas fossem demarcadas em todo o território nacional.
Além disso, o Supremo Tribunal Federal já decidiu, quando do julgamento do caso da área Raposa Terra do Sol, em Roraima, que TERRA JÁ DEMARCADA NÃO PODERÁ SER AUMENTADA, ou - conforme declarações de ministros da própria Suprema Corte -, o pleito por áreas jamais teria fim.
Tanto a FUNAI como o Cimi exploram a miséria dos índios para, através deles, manter seus empregos e visibilidade na mídia, pois o confinamento de índios brasileiros em reservas só é desejado por membros desses órgãos. Os índios brasileiros, como todos os outros brasileiros, não querem viver confinados, desejam progresso, educação, saúde, saneamento básico, infraestrutura e diversão.
Após o marco temporal determinado pela Constituinte, as áreas indígenas passaram de 14 para 125 milhões de hectares no país, um aumento de 793%, mas, por continuarem confinados, sem nenhuma perspectiva de futuro, os índios continuam na miséria, se matando, bebendo, se drogando e se prostituindo, o que comprova não ser essa a solução.
Todo o agronegócio brasileiro ocupa hoje somente 28% do território nacional, enquanto as áreas nas mãos do INCRA, IBAMA e FUNAI somam 50% do total de 850 milhões de hectares de nosso país.
A demarcação de mais terras e o derramamento de sangue entre brasileiros, índios ou não, é desejo exclusivo de estrangeiros com interesses escusos e dos brasileiros imbecis, corruptos ou criminosos.
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