O presidente da Bolívia, Evo Morales, assinou nesta quarta-feira (1º) um decreto que garantirá, a ele mesmo, um aumento de 20% no salário, com o argumento de que “foi pressionado” a isso para permitir maiores remunerações a profissionais do Estado. Com a medida, o ex-líder sindical passará a ganhar 18 mil bolivianos, o equivalente a cerca de R$ 5,22 mil. Em discurso na porta do Palácio do Governo, Morales disse que “não gosta da ideia” de aumentar seu salário, mas que se sentiu “obrigado a fazê-lo”. O presidente explicou que trabalhadores em cargos públicos, como docentes universitários, solicitaram a providência porque, na Bolívia, os empregados estatais, salvo casos excepcionais, não podem ganhar mais do que o presidente. "Este fato me obriga a fazer com que o salário do presidente use uma nova escala salarial referente a 15 salários mínimos. Repito, não gosto, mas fui obrigado depois que entendi que nossos profissionais não vão para o setor privado", ressaltou. Quando chegou ao poder, em 2006, Morales aprovou, em sinal de austeridade, o rebaixamento do salário presidencial à metade. BN
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