AFP - Agence France-Presse
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse na tarde de hoje (1º) que a inflação está sob controle e que não há necessidade de gatilho salarial, como está sendo proposto pela Força Sindical. O esclarecimento foi feito durante um evento em comemoração ao Dia do Trabalho promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. Pela manhã, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, propôs a ideia de indexar os salários à inflação.
“A inflação está sob controle. Não há nenhum risco de disparar a inflação. Na medida em que a inflação está controlada, não haverá perda nos salários dos trabalhadores”, disse o ministro. Ele lembrou que o gatilho foi um mecanismo usado quando a inflação estava fora de controle e disse que hoje "o governo tem o controle da inflação", que está dentro dos índices previstos e já começa a recuar.
O presidente da CUT, Vágner Freitas, também se manifestou contra a proposta de Paulinho. "Querer comparar a conjuntura que o Brasil está vivendo hoje com a conjuntura que vivia há 10 ou 15 anos, quando até a CUT propôs coisa parecida, é uma questão eleitoral, não sindical", disse. Segundo Freitas, chegam a ser preocupantes "determinadas propostas" que possam gerar clima inflacionário. "Existe, no Brasil, uma corrente conservadora que claramente quer gerar um clima inflacionário para discutir que o governo perdeu o controle da inflação e usar isso na campanha do ano que vem".
Durante o ato político, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, também defendeu o governo federal, dizendo que a inflação está sob controle. Segundo ele, este é um governo diferente, que não se esconde, que não tem medo do protesto, mas que, acima de tudo, sabe que, no diálogo, a gente constrói um futuro melhor para todos.
"A presidente Dilma está zelando como uma leoa em defesa dos trabalhadores. Ela não vai permitir que a inflação corroa o salário dos trabalhadores. Ela tem tomado medidas diárias para que seja mantido o ganho dos trabalhadores ”, disse Carvalho. Enquanto discursava, algumas pessoas que estavam mais próximas ao palco se manifestaram contra o discurso.
O ato político promovido pela CUT começou por volta das 17h e durou cerca de uma hora. Além de Gilberto Carvalho, discursaram também o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o ministro do Trabalho e o presidente da CUT, Vagner Freitas.
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