A proposta de criação de um piso nacional para os médicos, em debate no Congresso, é vista por entidades que representam a categoria como uma forma de melhorar a saúde pública no país e valorizar os profissionais. Os prefeitos, no entanto, criticam a criação de mais uma despesa para os municípios sem fonte de renda para arcar com os custos. Na Câmara, um projeto de autoria do deputado André Moura (PSC-SE), prevê que os profissionais não podem receber menos que R$ 9 mil, para jornada de 20 horas, e o dobro para 40 horas semanais. Para o diretor de Formação Profissional e Residência Médica da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Antônio José Francisco Pereira dos Santos, o piso visa corrigir uma injustiça com os médicos. Segundo ele, o déficit no percentual desses profissionais na rede pública é resultado, principalmente, da falta de condições de trabalho e pelos baixos salários. “Tínhamos que ter uma carreira que atraísse os médicos para a medicina pública brasileira, a exemplo de outras carreias, como no Judiciário e os militares. Precisamos ter esse piso, para ter condições de trabalho e possamos trazer esses profissionais para fazer a medicina pública que o Brasil precisa”, defendeu. BN
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