Autoridade síria diz que ataque é "declaração de guerra". Em entrevista à CNN, fonte do governo sírio faz ameaça de retaliação. TV estatal da Síria diz que "mísseis estão prontos para atacar" depois de bombardeio.
Céu iluminado por explosão em Damasco, na Síria. A imagem provém de vídeo cuja autenticidade não pôde ser verificada (Reuters)
Uma autoridade síria afirmou neste domingo que o ataque deste domingo contra o país foi uma “declaração de guerra” de Israel. “Quando eles atacam, isso é uma declaração de guerra. Isso não é algo novo. Nós já lidamos com isso em várias ocasiões, e retaliamos da forma que quisemos”, disse o vice-ministro de Relações Exteriores Faisal al Mekdad, em entrevista à rede americana CNN. Também na noite deste domingo, a TV estatal síria informou que "mísseis estão prontos para atacar alvos precisos" em caso de "uma nova violação".
As declarações são uma reação às explosões que iluminaram o céu da região de Damasco nas primeiras horas desde domingo. O governo sírio responsabilizou Israel pelos ataques – foram dois em menos de três dias. Israel não fez nenhum comentário oficialmente, mas fontes de segurança do país confirmaram que o ataque teve como objetivo impedir a transferência de mísseis iranianos ao Hezbollah, grupo xiita libanês aliado de Bashar Assad. As armas poderiam ser usadas contra Israel. Baterias antimísseis foram posicionadas no norte do país, onde o espaço aéreo está fechado até o dia 9 de maio.
O ataque teve como alvo um centro de pesquisas científicas em Jamraya, que já tinha sido bombardeado no final de janeiro por Israel, além de dois alvos militares – um grande depósito de munições e uma unidade da defesa antiaérea –, segundo um diplomata em Beirute que pediu para não ser identificado. "Cada vez que Israel tiver informações sobre a transferência de mísseis ou armas da Síria para o Líbano (para o Hezbollah), serão atacados", disse a autoridade israelense. por BLOG DO MARIO FORTES
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