Um julgamento está movimentando a imprensa inglesa esta semana. Trata-se do caso Tia Sharp, uma garota de 12 anos que foi morta de maneira grotesca pelo marido de sua avó, Stuart Hazell. O assassino, após cometer o crime, tirou fotos do corpo da vítima nua e escondeu o cadáver no sótão.
Os promotores alegam que foram encontrados três vídeos que mostram Tia dormindo, e que eles teriam sido feitos poucas semanas antes de seu assassinato.
Segundo a acusação, Hazell, de 37 anos, teria guardado o material em cartões de memória posteriormente apreendidos. Ele teria, ainda, coletado um estoque de imagens de abuso infantil, algumas delas mostrando adolescentes de óculos.
Os jurados foram avisados logo no começo do julgamento que foram encontrados traços do sangue de Tia na fivela do cinto de Hazell no dia em que ele foi preso. Foi mostrada ao júri também uma fotografia que pode ser de Tia, e que teria sido tirada após sua morte.
Na imagem, Tia aparece de quatro sobre a cama. O promotor Andrew Edis disse que, embora não seja possível ver o rosto da menina, a foto foi tirada na cama de Tia que ficava na casa de Hazell, que morava com a avó da menina em New Addington, no sul de Londres.
Na foto tirada no dia 3 de agosto do ano passado, e encontrada no cartão de memória da câmera de Hazell, é possível ver que há sangue na roupa de cama.
Edis, que sustenta que Tia foi morta depois de “algum tipo de violência sexual”, disse ao júri que a imagem foi feita em um momento de “excitação sexual”.
“Vocês terão que ver a foto porque é importante”, avisou o promotor.
Um médico que examinou tanto o corpo de Tia quanto a fotografia garante que a menina foi “colocada” daquela maneira depois de sua “repentina e violenta morte”.
Segundo reportagem do jornal The Sun, os jurados "engasgaram" quando a imagem foi mostrada, e dois deles começaram a chorar. O julgamento foi então interrompido por dez minutos.
A mãe de Tia, Natalie Sharp, de 31 anos, já havia deixado o local chorando logo depois que foi mostrado um vídeo da menina nua, passando creme nas pernas. “Espero que vocês apodreçam”, disse ela. “Vou embora para casa.”
O promotor disse ao júri que foram feitos três vídeos de Tia dormindo, nos dias 16, 17 e 21 de julho. Além disso, foram tiradas 11 fotos dela. “Para que ele fez essas imagens?”, perguntou ele.
— Ela sabia que estava sendo filmada e fotografada? Ele tinha interesse sexual em crianças, e especialmente nela?
Na época de seu desaparecimento, em agosto do ano passado, Tia trocava mensagens com uma amiga até quase 1h do dia 3. Seu corpo foi encontrado uma semana depois, no sótão da casa de sua avó.
Hazell nega as acusações, e diz que a menina morreu em um acidente — possivelmente caindo da escada — e que ele escondeu seu corpo em um momento de pânico.
“Esta não é uma atitude normal quando você vê alguém sofrendo um acidente”, alegou o promotor Edis.
— Em linhas gerais, se alguém se acidenta, você chama uma ambulância. Não foi isso que aconteceu aqui. Ele colocou o corpo da menina no sótão para escondê-lo.
O legista Ashley Fegan-Earl não conseguiu precisar a causa da morte, mas sabe que Tia não teve o pescoço quebrado, nem o crânio fraturado. As evidências, para ele, apontavam “sufocamento”.
Os jurados foram avisados ainda de que Hazell tirava fotos e fazia vídeos de Tia anteriormente, antes de salvar as imagens encontradas no cartão de memória, que estava escondido em um guarda-louças.
Depois de enrolar o corpo de Tia em um edredom e de tê-lo escondido no sótão, Hazell visitou um site sobre incesto na internet, segundo aponta a acusação.
Havia sangue de Tia em um brinquedo sexual encontrado, e sêmen de Hazell nas roupas da menina, no edredom, no chão do quarto e nos travesseiros.
Tia foi vista pela última vez quando saía da casa da mãe para visitar a avó, no dia 2 de agosto de 2012. Quando a avó chegou em casa, no entanto, não havia sinal da menina, e a polícia foi então avisada.
Em uma primeira busca no sótão, nada foi encontrado. Na segunda incursão da polícia à casa, o corpo da menina foi localizado — estava enrolado em um lençol e sacos de lixo, e todo o conjunto estava envolto em fita colante.
Antes de o corpo ser encontrado, Hazell disse à polícia que Tia havia ido ao shopping com um amigo. Segundo a acusação, ele pretendia se livrar do corpo, mas desistiu quando a área em volta da casa foi tomada pela mídia, curiosa pelo desaparecimento da menina.
O julgamento, que está previsto para durar três semanas, continua. Fonte: Com informações do R7
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