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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Recuperação pode impedir Chávez de comparecer à posse, diz ministro

Aliados próximos ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez , têm afirmado que o líder do país vem passando por uma recuperação difícil após a operação contra um câncer, realizada em Cuba . O ministro das Comunicações, Ernesto Villegas, afirmou na noite de quarta-feira (12) que o presidente está "em condições estáveis", mas, em comunicado, levantou a possibilidade de Chávez, reeleito em outubro , não comparecer em sua cerimônia de posse, marcada para 10 de janeiro.

Em comunicado lido na noite de quarta-feira (12), Villegas disse que Chávez enfrenta um pós-operatório complexo . O mesmo foi dito mais cedo pelo vice-presidente e potencial sucessor, Nicolás Maduro . "Neste momento, o boletim médico indica que o paciente está em condições estáveis em seu processo evolutivo", disse Villegas em mensagem na TV estatal da Venezuela.
Segundo Villegas, Chávez está acompanhado por seus parentes em Havana. Ele acrescentou que o governo convida a população "a acompanhar o presidente Chávez nesse novo desafio com suas orações".
O ministro também demonstrou esperança sobre o retorno do presidente para sua cerimônia de posse em 10 de janeiro, mas em uma mensagem publicada em um site do governo, disse que se Chávez não conseguir retornar em tempo da posse, "nosso povo deve estar preparado para compreender".
Villegas acrescentou no comunicado que seria irresponsável esconder as novidades sobre a "delicadeza do presente momento e dos dias que estão por vir". Ele pediu para que os venezuelanos tratassem a condição de Chávez como quando "temos um pai doente, em uma situação delicada após quatro cirurgias em um ano e meio".
Um ex-juiz da Suprema Corte do país Roman Duque Corredor disse que ninguém pode tomar posse no lugar do presidente e que o presidente eleito não pode fazer o juramento fora da Venezuela. Um presidente pode ser empossado mesmo se estiver temporariamente incapacitado, mas precisa estar consciente e na Venezuela, disse Duque à agência AP .
Se um presidente eleito é declarado incapaz pelos legisladores e não consegue tomar posse, o presidente da Assembleia Nacional fica interinamente no cargo e convoca uma nova eleição presidencial em 30 dias.
Agindo para preparar o povo para a possibilidade de más notícias, o vice-presidente Nicolás Maduro, com aparência melancólica, reconheceu que Chávez enfrenta um "duro e complexo" processo pós-operatório .
Ao mesmo tempo, autoridades buscaram transparecer unidade em meio à preocupação com o estado de saúde de Chávez e com o futuro da Venezuela. Líderes importantes do partido de Chávez e autoridades militares apareceram juntas enquanto Maduro atualizava as informações sobre o quadro clínico do presidente.
"Estamos mais unidos que nunca", disse Maduro, que estava acompanhado pelo presidente da Assembleia, Diosdado Cabello, e o ministro do Petróleo, Rafael Ramirez, ambos membros do alto escalão do governo. "Nós estamos unidos em lealdade a Chávez."

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