Depois da derrota que impôs ao time do PT no último domingo, o prefeito eleito de Salvador, ACM Neto (DEM), virou motivo de uma forte preocupação no partido do governador Jaques Wagner. Os petistas temem que Neto decida largar o DEM para abraçar-se com o PMDB.A iniciativa, ainda não confirmada por nenhuma das partes, permitiria que o democrata se incluísse na base do governo Dilma, mas permanecesse na oposição ao PT na Bahia, em especial ao governador. É o mesmo figurino exibido pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima, por acaso um dos líderes do PMDB baiano e um dos aliados de Neto no segundo turno eleitoral.
Com a “inclusão” na base de Dilma, o prefeito eleito garantiria interlocução ampla para lutar por verbas pela capital baiana junto ao Planalto, um modelo em que o prefeito João Henrique pensou quando decidiu ingressar no PMDB do mesmo Geddel e depois no PP de Mário Negromonte, ambas legendas da base federal, mas que se revelou pouco efetivo. “Já pensou Wagner ganhar mais um adversário declarado na Bahia que é aliado da presidente Dilma?”, questiona ao Política Livre um petista com acesso livre ao governador, referindo-se a Geddel.
Para ele, o cenário pode representar mais uma dificuldade para a movimentação do PT em 2014. Ele confirma que o boato sobre a ida de ACM Neto para o PMDB estaria na base do surgimento na imprensa nacional.
Quanto ao prefeito eleito, o problema maior seria justificar a nova filiação para a sua legenda, o DEM, além do PSDB, queinvestiram o que puderam em sua candidatura à Prefeitura no segundo turno, mandando para a capital baiana, inclusive, alguns de seus quadros mais importantes, depois que se evidenciou a possibilidade de vitória do PT em São Paulo. De Tribuna da Bahia
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