Uma ação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Associação Brasileira das Indústrias e Distribuidores de Fibrocimento (Abifibro) vai buscar conscientizar a comunidade sobre os males causados pelo amianto. O material usado na construção civil, para fabricar produtos como caixas d'água e telhas, pode provocar danos à saúde dos trabalhadores e consumidores. A ação ocorre hoje (10), durante a Feira Anual do Campus Fiocruz Mata Atlântica. A mostra, voltada para a população em geral, oferece oficinas, exposições, apresentações e informações sobre saúde, e ficará aberto até as 16h, no Pavilhão Agrícola do campus, que fica na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. A ideia é mostrar que há alternativas no mercado que podem substituir o amianto e que seriam seguras à saúde humana, de acordo com a Abifibro, como o fibrocimento composto por fios de poliálcool vinílico (PVA) e polipropileno. A Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) também vem desenvolvendo alternativas sustentáveis ao uso do amianto, como a fibra vegetal. Fiscalização Segundo a Abifibro, a Lei 9.055/95 restringe e controla o uso do amianto. Além disso, cinco Estados contam com leis que proíbem o uso do material: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Mas, mesmos em Estados que proíbem o amianto, como o Rio de Janeiro, há ainda o uso do produto, de acordo com a Abifibro. Para o presidente da associação, é preciso intensificar a fiscalização e também educar a população para evitar que comprem produtos de amianto. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) lista o amianto como “reconhecidamente cancerígeno”. A exposição à poeira do mineral pode causar doenças como câncer de pulmão, de laringe, do trato digestivo e do ovário, mesotelioma (câncer raro da membrana pulmonar e outras membranas do corpo humano) e asbestose (doença que provoca o endurecimento do pulmão e afeta a capacidade respiratória).
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