A União Africana (UA) anunciou nesta sexta-feira que "rejeita totalmente a pretensa declaração ′de independência`" do Norte do Mali, proclamada pelos rebeldes tuaregues do Movimento Nacional pela Liberação de Azawad (MNLA).
O presidente da Comissão da UA, Jean Ping, informou em um comunicado que condena "com firmeza este anúncio, que é nulo e sem qualquer valor". Também pede à comunidade internacional apoio a esta posição de princípio da África.
Em nome da UA, Ping destacou "o princípio fundamental" da inviolabilidade das fronteiras herdadas pelos países africanos em sua independência. Também reiterou o apoio inflexível da UA à unidade nacional e à integridade territorial da República do Mali.
"A UA e seus Estados membros não pouparão nenhum esforço para restabelecer a autoridade da República do Mali no conjunto de seu território nacional e acabar com os ataques cometidos por grupos armados e terroristas na parte norte do país", afirma o comunicado.
O governo da França, antiga potência colonial, também rejeitou a declaração de independência da região norte do Mali, denominada Azawad pelos rebeldes separatistas tuaregues.
"Consideramos que a declaração unilateral de `independência de Azawad` é nula e não vinculante", disse o porta-voz do ministério francês das Relações Exteriores, Bernard Valero.
"A França defende a unidade e a integridade territorial do Mali", completou.
Os rebeldes tuaregues proclamaram nesta sexta-feira a independência de Azawad, que ocupa todo o norte do Mali.
Apenas uma semana depois do golpe militar que derrubou em 22 de março o presidente Amadou Toumani Touré, toda a região norte caiu em apenas três dias sob controle do MNLA e do movimento islamita Ansar Dine, apoiado por elementos da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI). Da AFP Paris
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