(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff aproveitou o anúncio de um pacote de estímulo à indústria nacional para reafirmar seu compromisso de defender o setor, seja por meio de ações internas seja nos organismos internacionais.
Ao comentar as medidas anunciadas pouco antes nesta terça-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a presidente disse que o governo vai agir com firmeza nos organismos internacionais contra práticas protecionistas predatórias, como a desvalorização das moedas.
Dilma disse também que com a desoneração da folha de pagamentos, uma das medidas anunciadas, o governo ataca junto com as empresas a questão do custo salarial, sem que isso recaia sobre os trabalhadores. Para ela, "trabalhadores protegidos e com bons salários são a base" de um mercado interno em expansão.
A presidente também repetiu o compromisso do governo de manter a meta de superávit primário e de criar as condições para a redução dos juros sem que isso seja feito em detrimento da indústria e do emprego. E afirmou que é preciso que se faça no Brasil uma discussão sobre os spreads dos juros bancários.
Falando da importância da solidez fiscal, Dilma disse que "cortes indiscriminados de investimentos e gastos não podem ser celebrados quando forem apenas componentes de um quadro de recessão e de paralisia".
"A melhor saída para a crise (internacional)... não está na velha receita da recessão e da precarização do trabalho. Esta tem sido para nós a fórmula do fracasso, que faz sempre as mesmas vítimas, os trabalhadores, os empresários, as forças produtivas das diferentes nações", acrescentou.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro, Ana Flor, Tiago Pariz e Luciana Otoni)
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