A crise econômica internacional e a consequente diminuição de gastos públicos na saúde devem ser a principal preocupação da humanidade atualmente. A avaliação é do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, neste sábado (7), Dia Mundial da Saúde. “A maior ameaça [à saúde no mundo] é o momento político. Em função de uma crise estrutural, a saúde está cada vez mais ameaçada pela possibilidade de ser transformada única e exclusivamente em mercadoria e não tratada como direito do ser humano”, opinou Batista Júnior. A crise diminui a oferta de emprego em outros países e restringe as fontes de financiamento baseadas em descontos nos salários para custeio de seguridade social. O presidente do CNS diz que se preocupa, especialmente, com a situação dos países europeus que, em função de problemas de orçamento do Estado, diminuem o alcance das políticas de bem-estar social. Para ele, o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), em tempos de crise internacional, é um trunfo brasileiro. “A reforma sanitária que levou ao SUS foi pensada na lógica da saúde sendo um direito universal das pessoas; como direito inalienável e inquestionável e não um bem a ser vendido do mercado”, defendeu. BN
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