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segunda-feira, 2 de abril de 2012

BAHIA: A população vive hoje em um barco à deriva", diz Sandro Régis

Nos últimos anos morrem mais pessoas assassinadas no Brasil do que nos conflitos envolvendo israelenses e palestinos. Somente no ano passado, foram 50 mil pessoas assassinadas no Brasil, mais de 130 por dia. Na Bahia, por exemplo, o aumento desenfreado da violência e os avanços do índice da criminalidade tem gerado proeminente insegurança em toda a sociedade. No estudo do Mapa da Violência 2012, realizado pelo Instituto Sangari, o Estado se destacou com dados alarmantes. Em números absolutos e proporcionais , o estado lidera o ranking nacional de homicídios cometidos contra jovens, na faixa etária de 15 e 24 anos, tem três das dez cidades brasileiras mais violentas e possui o maior número de crimes cometidos contra negros. No que se refere à vitimização juvenil, somente em 2010, foram contabilizados 2.215 crimes. Esse índice corresponde a um taxa de 84.2 casos a cada 100 mil habitantes. 

Tais acontecimentos fundamentam as críticas do líder do bloco PR/PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Sandro Régis. De acordo com o parlamentar, a Bahia subiu da 23ª posição, em 2000, para a sétima colocação em número de homicídios. "Somente no ano de 2011, foram 4.856 vidas ceifadas, ou seja, uma média de 14 mortes por dia" frisou Régis. Ele acredita que o aumento da criminalidade no Estado, por exemplo, contribuiu para que Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador, tenha se tornado o município brasileiro com o maior índice de mortes violentas - 146,4 mortes por 100 mil habitantes entre 2008 e 2010. O deputado revela ainda que as taxas absurdas de homicídio, que superam 100 mortos a cada 100 mil moradores, também estão presentes entre as unidades federativas da Bahia, consideradas as mais violentas e que integram o estudo do Mapa da Violência 2012. "A Bahia já é o segundo Estado onde os homicídios mais cresceram nos últimos anos, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. No entanto, enquanto a criminalidade se alastra de forma assustadora, o governador Jaques Wagner investe em propaganda enganosa, simulando situações fantasiosas que não passam de um verdadeiro conto de fadas. A população baiana vive, hoje, em um barco à deriva", disparou. 

Sandro Régis destacou que o aumento da violência na Bahia durante o governo Wagner foi tema de diversas reportagens em jornais e emissoras de televisão da Europa e dos Estados Unidos, a exemplo do jornal norte-americano The New York Times, um dos mais respeitados do mundo, que pontuou o nível elevado dos casos de mortes e sequestros ocorridos na Bahia no ano passado. Entretanto, de acordo com o deputado, o desenvolvimento de ações que venham frear o forte crescimento da violência, não tem sido priorizado pelo Governo do Estado. Ela avalia que é necessário que se deixe a propaganda em segundo plano e comece a tratar a segurança pública como prioridade, uma vez que os gastos com publicidade somam-se quatro vezes mais do que os investimentos em segurança. 


"O governo Jaques Wagner colocou a violência como uma das protagonistas na sua gestão, e nada tem sido feito para mudar essa realidade. O orçamento do Estado comprova que só foi aplicado 1.69% da verba destinada à segurança pública no ano de 2011, o equivalente a um pouco mais de R$ 27 milhões. Fica claro que a área da segurança não é prioridade para o governo baiano", alfinetou. 

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