A falta de trabalho, sisal murcho, motores parados, pastos dizimados, tanques, aguadas, açudes, cacimbas, riachos secos e animais mortos pelas roças, levaram o prefeito Renato Souza, a decretar Situação de Emergência e suspender o Coité Folia (micareta local), que estava previsto para acontecer de 27 a 29 de abril, levando em consideração o agravamento climático na região.
“Toda zona rural de Coité está vivendo momento de extrema dificuldade. Paralisou tudo. Não existe água para o consumo humano e nem para os animais. As barragens estão todas secas, o sisal murcho e milhares de pais de família estão sem ter onde trabalhar. Dos 30 mil moradores da zona rural 50%, vivem da monocultura do sisal, o restante da agricultura familiar- mandioca, feijão e milho - e toda essa gente está de braços atados.
Souza informou que estão sendo adquiridos pelo seu governo, 2.500 cestas básicas que serão entregues as famílias necessitadas e foram injetados R$ 250 mil na limpeza de 40 aguadas e foi feito um novo processo licitatório para a recuperação do restante das represas.
O secretário de Agricultura do município, José Mário disse que a água que abastece as comunidades afetadas pela seca vem dos açudes de Ipoeirinha (Coité) e Cedro (Riachão do Jacuípe).
Na Embasa, os caminhões podem realizar uma viagem por dia. A Prefeitura conta com 16 carros-pipa contratados que chegam a colocar 50 viagens/dia, com custo que varia de R$ 120,00 a R$ 150,00 a depender da distância, e isso tem onerado os gastos do município que chegam à cifra de R$ 170 a R$ 190 mil mensais.
O secretário garante que todos os mananciais estão secos e a administração municipal, de forma organizada, tem atendido toda a população. José Mário disse que vem tentando junto a Cerb a reativação dos poços artesianos existentes no município, mas sem êxito.
Na Embasa, os caminhões podem realizar uma viagem por dia. A Prefeitura conta com 16 carros-pipa contratados que chegam a colocar 50 viagens/dia, com custo que varia de R$ 120,00 a R$ 150,00 a depender da distância, e isso tem onerado os gastos do município que chegam à cifra de R$ 170 a R$ 190 mil mensais.
O secretário garante que todos os mananciais estão secos e a administração municipal, de forma organizada, tem atendido toda a população. José Mário disse que vem tentando junto a Cerb a reativação dos poços artesianos existentes no município, mas sem êxito.
90% dos motores parados
O proprietário de motor de sisal, Elias José dos Santos, 38 anos, casado cinco filhos, morador da comunidade de Macambira na região do distrito de Salgadália, disse que já chegou a desfibrar mais de 2 mil quilos de sisal por semana e agora com o sol inclemente não existe a mínima condição de desfibrar as folhas . Ele disse que não sabe exatamente quantos motores estão parados, mas garante que são muitos e esses números devem chegar a 90% de sua totalidade no município.
“Estamos com as mãos atadas. Hoje em dia não existe destoca de pastos e muito menos roçagem de terra. Se nós plantamos feijão, não sai, plantamos mandioca, ela morre, o milho não prospera. Dinheiro ninguém tem para sobreviver e nós não temos outra atividade a não ser a monocultura do sisal. Aqui é uma região de sisal. Só Deus sabe o que fazer com a gente”, finaliza.
“Estamos com as mãos atadas. Hoje em dia não existe destoca de pastos e muito menos roçagem de terra. Se nós plantamos feijão, não sai, plantamos mandioca, ela morre, o milho não prospera. Dinheiro ninguém tem para sobreviver e nós não temos outra atividade a não ser a monocultura do sisal. Aqui é uma região de sisal. Só Deus sabe o que fazer com a gente”, finaliza.
A torta de algodão, que é uma alimentação básica para gado leiteiro pulou de R$ 35,00 para R$ 43,00 a saca de 50 quilos, enquanto o milho se mantém estável R$ 35,00 – e o farelo de trigo saiu de R$ 13,00 para R$ 18,00. A alternativa de alimentação para os animais tem sido a raspa da mandioca, com pó de sisal e farelo de milho ou trigo”, explica. (Por Pedro Oliveira – Da Sucursal Regional do Sisal)
. “Não sei o que seria de nós neste momento tão difícil que a região atravessa por falta de chuvas, se não fosse a distribuição de água potável o quadro seria mais crítico ainda. Já cansei de sair de madrugada e ir a pé até o distrito de Juazeirinho a 10 km, em busca de uma moringa de água que trazia na cabeça debaixo de um sol escaldante de meio-dia” explica.
O lavrador Erisvaldo da Silva Pinto, seis filhos, morador da localidade de Cavalo Morto, disse que anda todos os dias quatro quilômetros em sua carroça para pegar uma dorna de água barrenta na comunidade de Quixaba.
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