O carcinoma detectado na tireoide da presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, foi removido nesta quarta-feira (4) em um hospital de Pilar, ao norte da capital Buenos Aires.
De acordo com nota do corpo médico que cuida dela, a intervenção de três horas e meia se deu “sem inconvenientes nem complicações”.
A chance de cura após a intervenção no pescoço --chamada de tireioidectomia total-- é de mais de 90%, segundo os médicos.
Cristina está consciente, mas não pode falar pelas próximas 72 horas. O próximo boletim médico sobre a saúde da presidente argentina será divulgado na quinta-feira (5).
Cristina, que antes da operação ouviu desejo de boa sorte da colega brasileira Dilma Rousseff, entrou na sala de cirurgia por volta das 8h30 (9h30 de Brasília). Centenas de pessoas rezaram ao longo da manhã pela saúde da presidente recém-reeleita e viúva do antecessor, Néstor Kirchner.
O câncer foi detectado durante exames de rotina no dia 22 de dezembro. Cristina, de 58 anos de idade, deve continuar internada por três dias e ter um período de afastamento do cargo de até 20 dias. O vice-presidente, Amado Boudou, fica como interino até pelo menos 24 de janeiro.
A governante argentina é a quinta líder latino-americana a tratar um câncer. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, retirou um abcesso na pélvis no ano passado; o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz sessões de radioterapia para curar um tumor na laringe; e a presidente Dilma Rousseff e seu homólogo do Paraguai, Fernando Lugo, conseguiram vencer um câncer no sistema linfático.
Câncer na tireoide
O câncer na tireoide que afeta Cristina Kirchner atinge três vezes mais mulheres do que homens, segundo a Associação Americana do Câncer, entidade de combate à doença com sede nos EUA. Além disso, entre o sexo feminino, é comum que o câncer seja identificado entre 40 e 59 anos.
A taxa de sobrevivência é de mais de 10 anos em 95% dos casos, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês).*Com informações das agências Brasil, Reuters e EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário