Preocupadas em combater o discurso da área econômica do governo de que os aumentos reais de salários podem contribuir para elevar a inflação no segundo semestre, as principais centrais sindicais do País decidiram se aliar e lançar uma campanha para manter em 2011 os ganhos obtidos nas negociações de 2010, os maiores dos últimos anos.
Na próxima segunda-feira, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) anunciam uma série de mobilizações em todo o País para incentivar os trabalhadores a lutar por melhores salários.
A primeira grande ação será realizada no dia 6 de julho, escolhido como o Dia Nacional de Mobilização, quando as centrais pretendem ir a Brasília para se manifestar a favor da luta por reajustes salariais.
“Não vamos aceitar esse argumento de que salário gera inflação”, afirmou o secretário-geral da CUT, Quintino Severo.
Para o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a recente desaceleração dos índices de inflação dá força aos argumentos dos trabalhadores. “O que parece é que a história de que a inflação iria estourar a meta era mais discurso que realidade”, afirmou, referindo-se ao teto de 6,5% da meta oficial, que é de 4,5% mas aceita uma margem de dois pontos porcentuais para baixo ou para cima.
Jornada de 40 horasOutra campanha que as centrais pretendem retomar é a aprovação, no Congresso, da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais. Integrantes das entidades pretendem passar o restante do mês de junho e o início de julho, até o recesso parlamentar, em conversas com deputados e senadores para tentar incluir o projeto que reduz a jornada na pauta de votações do Congresso no segundo semestre.De http://www.jt.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário