Nesta terça -feira,26, no exato momento em que o locutor oficial da prefeitura alardeava na em uma rádio que tudo vai bem na Azaléia e na saúde pública e que toda a polêmica sobre as demissões e saída da fábrica não passava de “terrorismo de alguns blogs e rádios”, a direção da indústria anunciava o fechamento de mais dois pavilhões de sola injetada, para desespero dos pobres operários, que continuam temerosos em perder os seus empregos.
De janeiro até abril deste ano, a Vulcabrás/Azaléia já demitiu mais de 3 mil operários, fechou vários pavilhões e galpões, deu férias coletivas, e se manifestou, reiteradas vezes, através da imprensa falada, escrita e digital, admitindo a crise. Mesmo assim, o prefeito Zé Carlos (PT) , através da propaganda oficial da prefeitura, continua negando o óbvio, para tentar se esquivar do problema e se livrar da crescente fama de “pé frio”.
Ninguém, de sã consciência, torce para que o pior aconteça, mas nem por isto devemos nos calar e fazer de conta que nada está acontecendo. É preciso, sim, que esta crise seja levada a sério e discutida, alertando a população e as autoridades, na esperança de que alguma providência seja adotada, para garantir a permanência da Azaléia na região e estancar essa onda de demissões.
Enquanto o prefeito faz a sua tradicional ‘enrolação’, deputados do seu partido, como José Raimundo Fontes, Waldenor Pereira e até o próprio governador Wagner reconheceram a existência do problema e anunciaram na imprensa que estão adotando providências para saná-lo. O assunto é tão sério, que já chegou a ser debatido entre o governador e a presidente Dilma, durante a viagem oficial à China, segundo informou a assessoria de imprensa do Governo do Estado.
Na contra-mão dos fatos, entretanto, o omisso prefeito de Itapetinga ainda acha que o problema não é com ele, finge que está tudo bem e ainda manda propagar em um programa de rádio que tudo é mentirinha, invenção dos blogs, subestimando a inteligência da população, desrespeitando a agonia dos operários que perderam seus empregos e menosprezando o comércio local, que já sente nas vendas o impacto da crise.
Em um momento como este, caro prefeito, o que menos precisamos é de gente omissa e frouxa, que se furta em assumir o seu verdadeiro papel, empurrando para os outros as atribuições que o povo lhe delegou nas urnas. Governar requer preparo, inteligência, disciplina, honestidade, vida regrada e, acima de tudo, responsabilidade. DAVI FERRAZ //http://www.sudoestehoje.com.br/novoportal/
Nenhum comentário:
Postar um comentário