Repetiu vícios de seus antecessores ao nomear políticos para cargos técnicos e passou por cima de promessas feitas na campanha eleitoral, como a de que não faria um ajuste fiscal. Por outro lado, surpreendeu por conseguir aliviar as tensões políticas e ampliar a base de apoio no Congresso, ao mesmo tempo em que enfrentou e desmontou lobbies de parlamentares e sindicalistas, como o do salário mínimo maior.
Na economia, há a avaliação positiva de que a presidente deu provas de que se concentra em reduzir gastos públicos e conter a inflação, fazendo um corte forte no Orçamento, de R$ 50 bilhões.
Na campanha, ela não disse que faria concessão nos aeroportos, não queria levar o carimbo de privatista. Também negou ajuste fiscal. Agora, o corte atinge até concursos públicos, medida que era atribuída, na campanha eleitoral, ao tucano José Serra. O discurso de campanha é bem diferente do exercício de governo - diz o cientista político David Fleischer, da UnB. - Nesses primeiros cem dias, Dilma leva vantagem em relação aos antecessores. Fazer uma comparação com o início do governo Lula é desleal. A situação econômica agora é muito mais tranquila. Além disso, Dilma tem uma base governista bem mais ampla, contra uma oposição menor e desorganizada. O grande desafio será lidar com os aliados, inclusive PT e PMDB. Da FOLHA
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