O campo brasileiro vive um momento excepcional de produtividade em alta e forte aumento da rentabilidade. As razões são os picos históricos de preços de algumas commodities, os custos de produção em queda e o clima favorável em quase todo o país.
Os fundamentos são tão favoráveis que os produtores iniciaram uma inédita onda de antecipação de pagamentos de suas dívidas. Acostumado aos pedidos de rolagem das dívidas, o Banco do Brasil, maior operador de crédito rural do país, já registra "retornos voluntários" superiores a 10% dos empréstimos ao setor.
Movidos pela febre do consumo, interno e externo, os produtores aproveitam o cenário favorável para pagar dívidas antigas. O BB, cuja carteira rural soma R$ 75 bilhões, informa ter recebido 60% dos débitos renegociados em épocas de crise climática e de renda no período 2004-2007.
"Os produtores têm aproveitado a boa renda para antecipar os pagamentos e obter mais limite de crédito e aumentar os investimentos na produção", disse o diretor de Agronegócios do Bando do Brasil, José Carlos Vaz, em audiência no Senado.
O efeito multiplicador não para por aí. A inadimplência da carteira recuou a 1,2%. É o melhor momento desde o índice de 0,8% registrado há dez anos. O BB planeja a entrada no quinto ano de recorde na concessão de crédito ao campo. No ciclo 2011/12, a ser iniciado em julho, o banco deve emprestar R$ 55 bilhões ao setor rural - nesta safra, fechará acima de R$ 42 bilhões estimados.
"Vamos conceder 30% a mais de crédito na próxima safra", disse Vaz. Na audiência, o diretor elogiou "grande esforço" do Ministério da Fazenda ao alterar regras do crédito rural para aperfeiçoar os controles dos bancos e a elevação dos volumes emprestados.Leia matéria completa em http://www.itamaraty.gov.br/sala-de-imprensa/selecao-diaria-de-noticias/midias-nacionais
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