A Santa Casa de Misericórdia de Nazaré, mantenedora do Hospital Gonçalves Martins, também passa por problemas. Em janeiro, quem procurou atendimento na emergência do hospital se deparou com os serviços de emergência limitados, além de um aviso indicando que a unidade estava fechada, o que causou transtornos à população que buscou atendimento. Os salários dos funcionários estão atrasados há dois meses até a alimentação servida para eles foi cortada. Cerca de 95% do atendimento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a provedora da entidade, Marília Rocha de Almeida Couto, o repasse do SUS é de R$ 274mil, deixando a entidade com um deficit de cerca de R$ 86 mil a cada mês. “Os valores repassados pelo SUS não cobrem sequer os custos. Temos ainda dívidas com fornecedores e outros débitos herdados de ex-gestores”, lamentou. A provedora explicou que,depois que houve a limitação do atendimento no pronto-socorro no fim de semana, a partir do mês passado, o fluxo de pacientes diminuiu. “As pessoas pensam que o atendimento do pronto-socorro é de emergência.Temos uma demanda grande porque recebemos pessoas de quase dez cidades, além dos passantes”, salientou Marília Couto.
Em 2008, o Hospital Gonçalves Martins quase foi fechado pela Vigilância Sanitária. “Há cinco anos o hospital não tinha alvará da Vigilância Sanitária e mesmo assim continuou aberto porque é o único e o primeiro a ser procurado pela população de Nazaré”, revelou a provedora Marília Couto. Só no setor de emergência são atendidas 120 pessoas por dia. A entidade possui 104 funcionários e 17 médicos.
Cristina Pita // http://www.blogdovalente.com.br/vs3/
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