Após denúncias envolvendo o programa Segundo Tempo, outro projeto do Ministério do Esporte vira alvo de acusações de desvio de recursos. O Pintando a Cidadania, programa que prevê a distribuição gratuita de material esportivo a comunidades carentes, também seria fonte de recursos para ONGs de fachada, segundo denúncia publicada pelo Blog do Josias, do jornal Folha de São Paulo. A pasta do ministro Orlando Silva assinou convênio de quase R$ 2 milhões com o Instituto Pró-Ação, por meio do secretário de Esporte Educacional e ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Wadson Ribeiro, também do PCdoB. De acordo com o Portal da Transparência do governo federal, o convênio que destinou verbas ao Pró-Ação expirou em abril e está em fase de prestação de contas. Pelo menos R$ 1,3 milhão, no entanto, foi usado em pagamentos considerados suspeitos. Exemplo disso é o cheque no valor de R$ 311.346,05, emitido em favor da empresa Automatec Tecnologia e Serviços, em 2010. Enquanto a nota fiscal atesta que o dinheiro foi usado no pagamento de “tecidos, algodão e tinta”, a empresa está registrada como uma loja de motos. O dono do estabelecimento, Marcos Oliveira, afirmou desconhecer o Pró-Ação e ter apenas “arranjado o nome da empresa para um amigo”. O amigo em questão, Edinaldo Moraes, é dono da Contemporânea Comércio e Serviços, empresa que recebeu R$ 817 mil da ONG para fornecimento de fios de costura, agulhas e tecidos.
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