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terça-feira, 18 de outubro de 2011

BRASIL:Serra vê omissão de Dilma, e Alckmin se esquiva sobre acusações no Ministério do Esporte

Guilherme Balza //Do UOL Notícias //Em São Paulo
Juntos na noite desta segunda-feira (17), em São Paulo, no lançamento do livro sobre os 20 anos da Força Sindical, os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin adotaram posturas diferentes quando questionados sobre as recentes acusações de corrupção no Ministério do Esporte.
Enquanto Serra associou o caso a uma suposta omissão e centralização excessiva do governo Dilma, o governador, que busca uma aproximação maior com a presidente, se esquivou.
“É reflexo de uma brutal centralização que tem ocorrido no Brasil nos últimos anos, que facilita a manipulação, o loteamento, e fortalece essas tendências, que são naturais. É o governo federal negociando todas as coisas”, disse Serra.
“Isso que está acontecendo a imprensa já vem falando há três, quatro anos. E não foi feito nada. Teria que ser objeto de intervenção há muito tempo, e muito mais na transição de governo. Eles [o governo Dilma] deram continuidade a um esquema que já era conhecido”, afirmou.
Questionado, Alckmin disse que as acusações contra o ministério é um “tema da esfera federal” e não fez nenhum comentário. “Vamos deixar que o governo federal se pronuncie”, disse o governador.
Serra e Alckmin chegaram praticamente juntos à Livraria da Vila, no shopping Higienópolis (região central), por volta de 20h45, onde trocaram afagados com o deputado federal Paulinho da Força (PDT), presidente da central, e outras lideranças sindicais presentes.
O PSDB tem buscado se aproximar da central para fazer frente ao PT, que tem ligação histórica com a CUT (Central Única dos Trabalhadores). A aproximação se intensificou depois que a UGT (União Geral dos Trabalhadores), que era próxima aos tucanos, ter se aliado ao PSD de Kassab.

Kassab elogia Orlando Silva

O prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab (PSD), também compareceu ao lançamento, por volta de 18h30, e comentou às acusações contra o ministro Orlando Silva (PCdoB). "Qualquer denúncia é muito saudável que se investigue. O próprio ministro voltou de viagem e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos. É uma posição muito saudável, muito positiva, vamos aguardar.”
Neste ano, o PCdoB, partido de Orlando Silva, deixou de ser oposição à Kassab na cidade de São Paulo. A sigla, inclusive, é tratada como uma aliada pelo PSD.
Desde sábado, Silva tem se esforçado para rebater as acusações publicadas pela revista "Veja" sobre a existência de um suposto esquema de desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo, gerido pela pasta do Esporte.
A denúncia se baseia nas declarações do policial militar João Dias Ferreira, um dos cinco presos no ano passado pela polícia de Brasília sob acusação de participar de desvios de recursos destinado ao programa.
Segundo a revista, que identifica Dias como militante do PCdoB, mesmo partido de Orlando Silva, as organizações não-governamentais que recebiam recursos destinados a convênios feitos por meio do programa só acessavam os recursos após o pagamento de até 20% dos valores dos convênios a pessoas ligadas ao partido.
O policial militar teria dito à revista que o próprio ministro do Esporte recebeu pessoalmente recursos desviados na garagem do ministério.

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