A epilepsia é uma condição neurológica em que uma parte do cérebro emite sinais incorretos causando crises que culminam em convulsões e ausências. De acordo com diferentes estudos, a condição atinge cerca de 0,5% a 1% da população mundial. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia são portadores do estágio grave da doença. Ao mesmo tempo em que cresce a preocupação global em torno da doença, o tratamento com base em canabidiol (CBD), um composto retirado da cannabis, trouxe esperança para milhões pacientes.
Estudos recentes publicados em algumas das principais revistas científicas do mundo indicam que o CBD e seus fitocanabinoides conseguem diminuir a frequência e a gravidade das convulsões. Para o médico Daumiro Tanure, coordenador técnico do Centro de Acolhimento em Terapia Canabinoide Anna, isso acontece porque o canabidiol interage com o sistema endocanabinoide do corpo, que joga um papel crucial na regulação da atividade neuronal e na manutenção do equilíbrio (homeostase) do sistema nervoso.
“Essa interação ajuda a estabilizar as flutuações elétricas cerebrais que podem causar convulsões, oferecendo assim um potencial alívio para pessoas com epilepsia resistente a tratamentos convencionais”, afirma Tanure. De acordo com o especialista, os tratamentos com CBD estão disponíveis para pacientes com diferentes níveis de epilepsia. “O interessado deve procurar um médico prescritor, que fará a análise do caso e encaminhará o paciente para o processo de compra, por meio de uma receita simples. A receita deve ser então protocolada na ANVISA para a liberação, após isso, o paciente recebe uma autorização de importação e estará apto a comprar o produto canábico receitado”, explica o médico.
Canabidiol traz mais qualidade de vida aos pacientes com Parkinson
Estudos recentes sobre o uso do composto da cannabis trazem esperança para pacientes de todos os cantos do mundo que lutam contra o problema
Curitiba, 14/05/2024 - A doença de Parkinson é neurodegenerativa e causada pela destruição de neurônios. Ela provoca, entre outros problemas, tremores, movimentos lentos, rigidez muscular, problemas de equilíbrio e distúrbios do sono. Infelizmente, a doença de Parkinson é debilitante sem cura, embora existam opções de tratamento que desaceleram seu avanço e diminuem seus efeitos, como o canabidiol (CBD).
“A cannabis está revolucionando o tratamento do Parkinson ao oferecer alívio para sintomas debilitantes”, destaca o médico especialista em cannabis medicinal, Daumiro Tanure, Membro da SBEC - Sociedade Brasileira do Estudo da Cannabis Sativa e médico do Centro de Acolhimento em Terapia Canabinoide Anna. “Os pacientes têm observado benefícios significativos, incluindo a redução de tremores, uma melhoria notável na qualidade do sono, diminuição da ansiedade e alívio efetivo da dor. Os efeitos são atribuídos à interação dos compostos da cannabis com o sistema endocanabinoide do corpo, oferecendo assim novas esperanças e perspectivas para aqueles que vivem com este sofrimento”, complementa o especialista.