O produto tem registrado aumento de 47,5% ao longo dos últimos 12 meses
Foto: Reprodução/Fotos Públicas
O aumento significativo nos preços do azeite de oliva tem surpreendido consumidores e empresários do setor alimentício em Salvador. De acordo com o levantamento semanal realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), o produto registrou um aumento de 47,5% ao longo de 12 meses e de 7,81% no ano.
Os valores alcançados pelo produto chamam a atenção. Conforme uma pesquisa conduzida pelo Portal A Tarde na manhã da última sexta-feira (10), uma garrafa da marca Borges estava sendo vendida por R$ 68,49 no Bompreço do Rio Vermelho. Já no Atacadão da Avenida ACM, o mesmo produto estava sendo comercializado por R$ 46,33; o Gallo (“clássico”) por R$ 49,57; e o Andorinha (“seleção”) por R$ 53,89. Enquanto no Extra da Paralela, o Borges custava R$ 39,09; o Andorinha, R$ 47,99; e o Gallo, R$ 49,99.
Entretanto, o aplicativo Preço da Hora, desenvolvido pelo Governo da Bahia, indicava que uma garrafa de 500 ml do Borges estava sendo vendida por R$ 33,59, na quinta-feira (9), no Bompreço da Boca do Rio. Isso demonstra uma grande variação nos preços do produto.
O presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), Silvio Pessoa, observa que não é apenas o azeite de oliva que está sofrendo aumento de preço. Ele destaca que o azeite extravirgem, utilizado à mesa, está custando em torno de R$ 65 e em breve pode chegar a R$ 100. Ele ressalta a importância de comprar de grandes fornecedores e atacadistas, pois os proprietários de bares e restaurantes não conseguem absorver esses custos, que também estão afetando produtos como cebola roxa, tomate e limão, este último com preços considerados absurdos.
O aumento nos preços do azeite está relacionado ao contexto internacional, conforme explica Alberto Reguera, chefe de departamento no Escritório Econômico e Comercial da Embaixada da Espanha no Brasil. Mudanças climáticas e secas têm impactado negativamente algumas das principais áreas produtoras, como Espanha, Portugal e Itália, resultando em uma diminuição significativa nas safras. Dados do Conselho Oleícola Internacional (COI) indicam que as safras de 2021/2022 e 2022/2023 diminuíram em 25% (até 2,57 milhões de toneladas) e 6% (até 2,4 milhões de toneladas), respectivamente, em comparação com a temporada anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário