Os recursos são tão limitados que médicos e funcionários da saúde se veem obrigados a dar alta às mães cerca de três horas depois das cesarianas
Foto: Reprodução/Twitter/@Timesofgaza
Desde 7 de outubro do ano passado, data que marcou o início da Guerra Israel-Hamas, cerca de 20 mil bebês nasceram na Faixa de Gaza. O número, divulgado nesta sexta-feira (19) pela Unicef, agência da ONU dedicada à infância, significa que, em média, nasce um bebê a cada dez minutos em meio ao conflito armado.
Representantes da Unicef que estiveram recentemente em Gaza relataram ter encontrado mulheres que vivem entre a maternidade e o caos da guerra. “As mães enfrentam desafios inimagináveis para ter acesso a atendimento médico, nutrição e proteção adequados antes, durante e após o parto”, afirmou Ingram.
Segundo a agência da ONU, os recursos são tão limitados que médicos e funcionários da saúde se veem obrigados a dar alta às mães cerca de três horas depois de cesarianas. As condições para o nascimento de um bebê na Faixa de Gaza expõem grávidas aos seguintes riscos: aborto, parto de bebês natimortos ou prematuros, mortalidade materna e trauma emocional.
Grávidas, lactantes, crianças e bebês vivem em condições descritas pela Unicef como desumanas.