Período de chuvas contribui para a proliferação do mosquito transmissor; no país, casos aumentaram 182% em relação ao ano passado.
Com a chegada do verão, as chuvas devem ficar mais abundantes a partir do mês de dezembro, o que contribui para a proliferação do mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue. O inseto se reproduz em reservatórios com água parada e é responsável por transmitir outras doenças como a Chikungunya e a Zika.
Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil, entre janeiro e outubro deste ano, são mais de 1,3 milhão de casos prováveis de dengue, um aumento de 182% em relação à 2021. A maior taxa de incidência é da região Centro-Oeste, seguida pela Sul, Sudeste, Nordeste, e por fim, Norte.
Neste Dia Nacional de Combate à Dengue (19/11), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP), alerta para os cuidados necessários para se proteger da doença, que este ano já atingiu, somente no estado de São Paulo, 344 mil pessoas.
“Na UPA Zona Leste tivemos um baixo número de atendimentos relacionados à doença, com sete notificações e quatro internações. No entanto, o período de chuvas está chegando e precisamos ficar atentos para manter a eficiência das ações de prevenção e combate”, destaca o diretor Clínico da UPA, Carlos Alberto de Oliveira.
A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia, no litoral paulista.
A dengue é uma arbovirose causada por vírus e transmitida pela picada do inseto aedes aegypti. Geralmente a doença não é grave e seus sintomas mais comuns são: febre, dor de cabeça, dor nos olhos, dor nas articulações, náuseas, vômitos e manchas vermelhas pelo corpo.
“Todos devemos sempre estar atentos a esta doença, pois em alguns casos, o paciente pode ter a forma mais grave, que inclui dores abdominais generalizadas, vômitos persistentes e evolução para dengue hemorrágica, quadro que necessita de atenção médica imediata e pode levar a morte”, alerta o profissional.
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta 945 óbitos da doença em 2022, a maioria no estado de São Paulo (273), seguido por Goiás (140) e Paraná (107).
O médico explica que não existe tratamento específico para a dengue, mas é fundamental buscar assistência médica para receber o atendimento adequado. Entre os cuidados recomendados estão: repouso, ingestão de bastante água e não se automedicar.
Confira orientações para o dia a dia, que ajudam a prevenir a reprodução do mosquito e combater a dengue:
- Não deixe água parada em reservatórios, vasos de plantas, calhas, pneus, garras plásticas, entre outros;
- Substitua água por areia nos pratos dos vasos de plantas;
- Mantenha caixas d’água e piscinas cobertas;
- Evite acúmulo de lixo no seu quintal, nos arredores da casa e mantenha lixeiras trancadas;
- Faça uma revisão semanal de quintais e áreas abertas que podem conter recipientes que acumulam água;
- Use roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, período em que os mosquitos estão mais ativos.