Reprodução/Facebook
Adilson Amadeu, um dos que votaram a favor do aumento, é hoje o parlamentar mais rico do grupo
São Paulo - Os 30 vereadores que votaram a favor do aumento de 26,3% de seus próprios salários têm juntos R$ 46 milhões em patrimônio pessoal - uma média de R$ 1,5 milhão para cada. Considerando todos os parlamentares que aprovaram o reajuste, a soma do investimento nas respectivas campanhas eleitorais, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), chega a R$ 11,5 milhões. Dos 30, porém, nove não obtiveram sucesso nas urnas e estão como suplentes.
Para os paulistanos, chegaria a R$ 2,1 milhões por ano o custo por vereador da capital, considerando o reajuste salarial, a verba de gabinete e outros benefícios - que ainda podem ser reajustados em 2017.
Saiba como os vereadores de SP votaram o aumento do próprio salário
Abou Anni (PV) SimImagem: Reprodução/Facebook
Dois dos mais ricos parlamentares de São Paulo assinam o projeto, que foi aprovado na semana passada em menos de cinco minutos. São eles: Adilson Amadeu (PTB), com R$ 8,5 milhões de patrimônio declarado na eleição deste ano; e Milton Leite (DEM), que soma R$ 2,8 milhões. Eles investiram R$ 2,6 milhões para se reeleger.
Neste domingo, 25, a Justiça derrubou o reajuste por liminar, atendendo ação popular. O juiz Alberto Alonso Muñoz, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determinou a manutenção do valor atual. Eleitores revoltados, que nos últimos dias encheram os perfis dos vereadores no Facebook com críticas, festejaram a decisão. A Presidência da Casa diz que vai recorrer. A Ordem dos Advogados do Brasil estuda entrar com ação para também barrar o reajuste.
No dia 20, os vereadores haviam aprovado o aumento dos próprios salários em 26,3%, para R$ 18.991,68, a partir de janeiro, quando começa a nova legislatura. Os parlamentares recebem atualmente R$ 15.031,76.
Milionários
Dos 30 que votaram a favor do aumento do próprio salário, 13 são milionários. Vereador desde 2004, o despachante e empresário Adilson Amadeu vai para o quarto mandato e é hoje o parlamentar mais rico do grupo. O segundo mais abastado é Wadih Mutran (PDT), com R$ 4,7 milhões, e o terceiro é Gilson Barreto (PSDB), com R$ 3,1 milhões.