Por Ruth HOLMES / AFP
Os 'sexbots' são um tema recorrente na ficção científica - a ideia de robôs como parceiros sexuais é explorada, por exemplo, em filmes e seriados recentes
Fazer sexo com robôs será realidade em breve, de acordo com um especialista que falou esta semana em uma conferência em Londres sobre as implicações éticas dos relacionamentos com humanoides e apresentou brinquedos sexuais interativos.
Os "sexbots" são um tema recorrente na ficção científica - a ideia de robôs como parceiros sexuais é explorada, por exemplo, em filmes e seriados recentes como "Ex-Machina" e "Westworld".
Mas alguns especialistas acreditam que os primeiros amantes de metal, borracha e plástico, programados para dar prazer sexual, entrarão no mundo real em questão de meses.
"O sexo com robôs está próximo, e os primeiros 'sexbots' chegarão no ano que vem", disse o especialista em inteligência artificial David Levy, no Congresso Internacional de Amor e Sexo com Robôs, na University of London.
"Interação oral remota"
A empresa Abyss Creations, com sede na Califórnia, começará a comercializar no ano que vem seus primeiros robôs sexuais, com capacidade de se mover e falar como humanos.
Segundo Levy, o casamento com estes humanoides poderia se tornar realidade por volta de 2050.
"À medida que o sexo com robôs se tornar cada vez mais comum, vamos enfrentar a possibilidade real de casamento com robôs", disse.
Os robôs do futuro serão "pacientes, amáveis, protetores, carinhosos", e nunca "ciumentos, arrogantes, rudes" - "a menos que você queira que eles sejam", disse Levy.
"Todas essas qualidades e muitas outras serão provavelmente alcançadas em softwares dentro de algumas décadas", acrescentou.
A conferência em Londres mostrou alguns dos últimos avanços em brinquedos sexuais robóticos, como gadgets que permitem aos casais se beijarem mesmo que estejam longe.
O "Kissenger", que pode ser incorporado ao telefone celular, contém sensores para detectar a pressão de um beijo e transmiti-la ao dispositivo do parceiro em tempo real.
Estudantes da Universidade de Keio, em Tóquio, estão desenvolvendo a "Teletongue", que pretende proporcionar "interação oral remota" e é projetada para ser "pervertida", de acordo com a cocriadora Dolhathai Kaewsermwong.
O projeto permite que os casais enviem sons e sensações de lambidas através do ciberespaço usando um "pirulito", criando uma "experiência imersiva", explicou.
"Pânico moral"