Milhares de jordanianos se manifestaram nesta sexta-feira em Amã atendendo à convocação dos islamitas para exigir reformas do regime, um dia depois que o governo rejeitou a opção de uma monarquia constitucional reclamada por parte da oposição.
Os manifestantes - 10.000, segundo os organizadores, 5.000, segundo a polícia - gritavam "O povo quer reformas do regime", "As reformas são uma demanda popular" e "Queremos uma nova lei eleitoral".
"Rejeitamos todas as tentativas para impedir as reformas reais", declarou à multidão o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Jamil Abu Bakr.
"Queremos reformas políticas em um prazo bem definido e muito menor que o anunciado pelo governo", acrescentou.
O primeiro-ministro Maruf Bajit, cujo governo obteve com dificuldade na véspera a confiança do parlamento, anunciou reformas até o fim do ano. Os islamitas responderam dando o prazo de um mês.
O chefe a Frente de Ação Islâmica (FAI, facção política da Irmandade Muçulmana), xeque Hamzeh Mansur, declarou à AFP que, até agora, o governo nada fez para responder às reivindicações populares.
Cercados pela polícia, os manifestantes exibiam bandeiras nacionais e cartazes pedindo "pão e liberdade" e "a dissolução do Parlamento".
Na véspera, ante o Parlamento, Bajit rejeitou a opção de uma monarquia constitucional, enquanto que personalidades políticas e islamitas independentes formaram uma Comissão pela instauração de uma monarquia constitucional (CIMC).
O FAI reclama, por sua parte, uma revisão constitucional, em particular da lei eleitoral, e propõe um sistema de governo parlamentar, com um primeiro-ministro eleito e não designado pelo rei.
Fonte: Equipe Click 21 com AFP