O presidente disse que muitas vezes a palavra final das decisões de ministros acaba sendo dele.
“Eu sou presidente para isso. Votaram em mim, não votaram em nenhum ministro. Aqui tem um comandante do navio, não é cada um remando para um lado de acordo com o seu interesse, um quer ir para a África, outro América do Norte. Não, eu que dou o rumo desse navio”, disse.
Bolsonaro disse que muitas vezes a palavra final das decisões de ministros, como é o caso de Luiz Henrique Mandetta (Saúde), acaba sendo do presidente. Um exemplo é a proposta de mudança gradual na estratégia de combate ao novo coronavírus para o isolamento vertical – voltado apenas para idosos e pessoas com doenças crônicas. Com a eventual alteração, chegou a ser considerada a possibilidade de Mandetta deixar o governo por causa da interferência.
“Aqui não é eu isolado e cada ministro faz o que der na cabeça, não. Não é assim que funciona”, disse Bolsonaro ao ser questionado sobre Mandetta.
Bolsonaro afirmou que integrantes da equipe não possuem “total liberdade” para atuar. “Eu tenho meu posicionamento também, eu tenho minha vivência. São 28 anos de parlamento, 15 anos de Exército… É eu chegar para o ministro e falar: ‘isso aqui tem que ser feito nessa direção'”, relatou Bolsonaro.