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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Microplásticos: Os vilões podem virar mocinhos em uma nova pesquisa


Microesferas plásticas conseguem detectar bactérias perigosas em rios próximos a estações de tratamento de esgoto
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi 
Imagem: SIVStockStudio/Shutterstock
Pesquisadores da Universidade de Stirling, na Escócia, desenvolveram um novo método para monitorar a presença de bactérias nocivas em rios, utilizando microesferas plásticas. Por olhardigital

Os resultados do estudo foram publicados na revista Water Research.

O que os pesquisadores descobriramTradicionalmente, a detecção de contaminação por esgoto é feita por meio da coleta periódica de amostras de água a jusante de estações de tratamento.

No entanto, essa abordagem falha quando o despejo de esgoto ocorre fora do horário de coleta.

Para contornar esse problema, a equipe liderada pelo Dr. Luke Woodford testou esferas de 2 mm feitas de polietileno, borracha e cortiça (como controle), colocadas em gaiolas de aço e submersas em pontos a montante e a jusante de uma estação de tratamento.

As microesferas funcionam como superfícies de acúmulo de biofilmes, que atraem e retêm bactérias presentes na água.

Uma visão mais próxima das microesferas de polietileno de 2 mm utilizadas no estudo – Imagem: Universidade de Stirling
Resultados surpreenderam
Em testes de 23 dias, as esferas colocadas a jusante acumularam rapidamente bactérias como E. coli, Klebsiella pneumoniae e Enterococcus, com concentrações elevadas já nas primeiras 24 horas.

Análises genômicas revelaram ainda a presença de genes associados à resistência antimicrobiana, indicando alto risco à saúde pública.

Segundo Woodford, o método oferece uma alternativa eficiente e contínua para detectar contaminações que poderiam passar despercebidas.

“Os lançamentos de esgoto estão aumentando no Reino Unido, representando riscos à saúde humana. Portanto, ter sistemas como o nosso para monitorar o que está sendo lançado é fundamental para lidar com esse problema de saúde pública”, afirma o pesquisador.

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