Microesferas plásticas conseguem detectar bactérias perigosas em rios próximos a estações de tratamento de esgoto
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi
Imagem: SIVStockStudio/Shutterstock

Os resultados do estudo foram publicados na revista Water Research.
O que os pesquisadores descobriramTradicionalmente, a detecção de contaminação por esgoto é feita por meio da coleta periódica de amostras de água a jusante de estações de tratamento.
No entanto, essa abordagem falha quando o despejo de esgoto ocorre fora do horário de coleta.
Para contornar esse problema, a equipe liderada pelo Dr. Luke Woodford testou esferas de 2 mm feitas de polietileno, borracha e cortiça (como controle), colocadas em gaiolas de aço e submersas em pontos a montante e a jusante de uma estação de tratamento.
As microesferas funcionam como superfícies de acúmulo de biofilmes, que atraem e retêm bactérias presentes na água.
Uma visão mais próxima das microesferas de polietileno de 2 mm utilizadas no estudo – Imagem: Universidade de Stirling
Resultados surpreenderam

Análises genômicas revelaram ainda a presença de genes associados à resistência antimicrobiana, indicando alto risco à saúde pública.
Segundo Woodford, o método oferece uma alternativa eficiente e contínua para detectar contaminações que poderiam passar despercebidas.
“Os lançamentos de esgoto estão aumentando no Reino Unido, representando riscos à saúde humana. Portanto, ter sistemas como o nosso para monitorar o que está sendo lançado é fundamental para lidar com esse problema de saúde pública”, afirma o pesquisador.
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