Por Ranier Bragon | Folhapress
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Os últimos dez anos marcaram uma inflexão na relação do governo com o Congresso Nacional, invertendo em parte uma relação de forças que nos anos 1980, 1990 e 2000 pendia muito mais para o Executivo, salvo alguns períodos. Os atuais percalços na articulação do governo Lula (PT) com deputados e senadores não se explicam só pela fragilidade da esquerda e pelas falhas da atual gestão, mas também por essa evolução histórica.
O presidente Lula, ladeado pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Até 2014, último ano do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), vigorava um modelo que se moldava em grande parte pela prevalência quase total no Congresso da agenda do governo, que montava sua base de apoio muito em razão da distribuição de ministérios e cargos aos partidos e da liberação das chamadas emendas parlamentares.
Principalmente nos anos do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e nos dois primeiros mandatos de Lula (2003-2010), os governos conseguiam montar coalizões menos instáveis, salvo períodos de turbulência, e debelavam traições na base do corte de cargos e emendas. Leia mais no bahianoticias
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