As conclusões são da cardiologista Jaqueline Scholz que conduziu um estudo clássico na Universidade de Oxford
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) emitiu um alerta sobre os riscos do uso habitual dos cigarros eletrônicos e também dos cigarros convencionais. De acordo com a SBC, o vício aumenta em quase duas vezes o risco de alguém sofrer um infarto em comparação com não fumantes.
A cardiologista Jaqueline Scholz, especialista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), explica sobre como o corpo reage ao consumo de nicotina. “O risco cardiovascular é duas vezes maior para fumantes de cigarros convencionais e também para usuários de cigarros eletrônicos. Por isso, o risco aumenta em quatro vezes quando você usa os dois”, descreve.
Na verdade, o consumo de nicotina, seja como for, está sempre associado ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, entre outros problemas. É por isso que nada é pior do que o uso dos chamados vapes em associação aos cigarros convencionais. Nesse caso, pode-se dizer que as chances de infarto quadruplicam, comparado a quem não fuma.
As conclusões da médica sobre o tema são corroboradas por pesquisas de longo prazo, como um estudo clássico, conduzido na Universidade de Oxford, que acompanhou 34 mil médicos fumantes e não fumantes por 40 anos.
Segundo os cientistas britânicos, deixar de fumar aos 60, aos 50, aos 40 ou aos 30 anos de idade permite, em média, ganhar três, seis, nove ou dez anos de vida, respectivamente. “Quando você para de fumar antes dos 35 anos de idade, é possível reverter muitos dos danos causados pelo tabagismo”, completa a cardiologista.
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