Apesar da preocupação, governo vê tendência de queda e espera repasse para consumidores até abril
Foto: GOVBA
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda medidas para tentar baixar o preço dos alimentos no Brasil, segundo o jornal Folha de S. Paulo. O tema foi discutido em reunião entre o mandatário e ministros no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (14).
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que haverá uma estratégia específica no Plano Safra 2024-2025 para incentivar o plantio, próximo a regiões consumidoras, de algumas culturas específicas —como arroz, feijão, trigo, milho e mandioca.
“Teremos uma estratégia para direcionar o crescimento da produção, para que ocorra perto dos centros consumidores. E estamos atentos também. Se essas medidas estruturantes, se os preços não abaixarem, nós podemos tomar outras medidas governamentais que serão estudadas pela equipe econômica”, disse Fávaro.
De acordo com ele, estão sobre a mesa outras medidas estratégicas como crédito e contratos de opções. “Olha, o preço mínimo é tanto, eu lanço um contrato de opção aqui, se o preço cair abaixo, já que nós temos a Política Nacional de Garantia do Preço Mínimo como obrigatória, usamos isso de forma estratégica”, disse Fávaro.
O presidente Lula deve ter, na próxima semana, uma confraternização com representantes de cinco setores do agronegócio: pecuária, fruticultura, celulose, algodão e café. O encontro foi solicitado pelos empresários.
“O setor de carnes ficou muito feliz com os anúncios dessa semana. Todas as carnes, bovinos, suínos e aves. Falaram para o presidente que querem fazer um churrasco, convidar pessoas para comemorar esse bom momento”, disse, sem mencionar empresários que poderiam participar.
Apesar da preocupação, o governo vê tendência de queda no preço dos alimentos e espera repasse para consumidores até abril.
O assunto é debatido enquanto Lula observa queda na popularidade e após o mandatário dizer que a economia está longe de chegar ao cenário desejado por ele.
“A economia cresceu melhor do que aquilo que o FMI previa, ou os pessimistas previam, mas ainda está muito longe de ser a economia que eu pretendo”, disse Lula em entrevista na última segunda-feira (11), acrescentando ser necessário baratear alimentos e outros produtos.
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