A desvalorização promovida pelo governo é o principal agravante da situação vivida pelo país desde a eleição de Milei
Foto: Reprodução/Twitter
A Argentina passa por situação de extrema pobreza. Os índices aumentaram em janeiro deste ano, alcançando 57,4% da população, o equivalente a 27 milhões de pessoas. Em dezembro, ela estava em 49,5%, o maior nível atingido pelo indicador em 20 anos.
As informações são do relatório “Argentina século XXI: Dívidas sociais crônicas e desigualdades crescentes. Perspectivas e desafios”, divulgado neste fim de semana pelo Observatório da Dívida Social Argentina.
Segundo o relatório, o crescimento da pobreza está diretamente relacionado à desvalorização promovida pelo governo em dezembro passado, que elevou os valores das cestas básicas e do total de alimentos.
Os mais afetados foram as famílias de classe média baixa e os trabalhadores com escassa qualificação, principalmente os que não estão incluídos em políticas sociais específicas. Para esses públicos, a pobreza aumentou de 81,9% em dezembro de 2023 para 85,5% em janeiro de 2024.
Segundo o diretor do Observatório da Dívida Social da Universidade Católica da Argentina, Agustín Salvia, o relatório se baseia em “uma simulação estatística a partir dos dados da pesquisa do terceiro trimestre do ano passado”.
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