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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

General investigado revela que se reuniu com Bolsonaro por ordem de ex-comandante do Exército

Foto: Divulgação / Exército
O general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira disse, em depoimento à Polícia Federal, que participou da reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em dezembro de 2022, a mando do comandante do Exército, Freire Gomes.

A declaração de Gaspar chega após a PF ter indicado que, no encontro, foi discutida a possibilidade de um golpe de Estado. Segundo publicação do O Globo, o general é um dos investigados pela trama golpista arquitetada para a realização do golpe. Ele foi interrogado na última sexta-feira, no Ceará. Segundo apuração da PF, o general se encontrou com Bolsonaro no dia 9 de dezembro de 2022, no Palácio da Alvorada. Na ocasião, ele teria concordado com a adesão ao golpe de Estado.

A informação sobre a reunião foi revelada pelo ex-ajudante de ordens da Presidência, o tenente-coronel Mauro Cid durante sua delação premiada. A denúncia foi confirmada por Oliveira, que disse ter ido ao encontro de Bolsonaro por ordem de Freire Gomes.

O relatório policial indicou ainda que, segundo diálogos encontrados no celular de Cid, o general teria concordado com o golpe de Estado, desde que o presidente assinasse a medida que abrisse caminho para uma intervenção militar.

Oliveira era comandante de Operações Terrestres (Coter). Os policiais informaram que cabia ao general o "emprego do Comando de Operações Especiais (COpESP)", os chamados 'kids pretos". O é treinado em operações de contra-inteligência e guerrilha e seria acionado para prender autoridades durante a tentativa de golpe, conforme diz a PF.

"Nesse sentido, além de ser o responsável operacional pelo emprego da tropa caso a medida de intervenção se concretizasse, os elementos indiciários já reunidos apontam que caberiam às Forças Especiais do Exército (os chamados kids pretos) a missão de efetuar a prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes assim que o decreto presidencial fosse assinado", diz a PF.

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