Se o pacote de financiamento DIP concorrente prevalecer, a Gol reembolsará os US$ 350 milhões já obtidos com ele, diz fonte
Foto: Reprodução/ Youtube
Os detentores de títulos da dívida externa da Gol (GOLL4) com vencimento em 2026 estão se preparando para oferecer um pacote de financiamento concorrente à empresa que pode chegar a US$ 1 bilhão, se necessário, disse uma pessoa familiarizada com o assunto à Bloomberg News.
A Gol está sob proteção contra credores desde o fim de janeiro, quando entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos pelo Chapter 11.
Esses credores planejam oferecer melhores condições do que o financiamento na modalidade DIP (debtor-in-possession) de US$ 950 milhões fornecido por fundos como o Elliott, disse a pessoa, pedindo anonimato por discutir informações que não são públicas. A pessoa não quis fornecer detalhes sobre o novo financiamento.
Nessa modalidade, os responsáveis pelo financiamento passam à frente na ordem para o recebimento de pagamentos. Mas a sua concessão precisa ser aprovada pelo juiz da recuperação judicial e pelos credores já existentes.
Em 13 de fevereiro, um comitê ad hoc que representa os detentores de cerca de US$ 250 milhões em títulos da Gol com vencimento em 2026 disse a um tribunal de falências de Nova York que o atual pacote de financiamento DIP liderado pelo Elliott e anunciado pela Gol na ameaça as garantias presentes nesses títulos de dívida de vencimento em 2026, de acordo com um documento enviado à corte.
Entre os proprietários dessas notas de 2026 estão Värde Partners e Contrarian Capital Management, segundo o documento. O Santander Brasil (SANB11) apresentou uma objeção semelhante no início deste mês, contestando uma proposta que concede ao DIP do Elliot senioridade sobre substancialmente todas as dívidas da empresa.
A companhia aérea brasileira entrou com o pedido no Chapter 11 em uma tentativa de se reorganizar diante de US$ 2,7 bilhões em passivos de curto prazo. A empresa recebeu acesso provisório a US$ 350 milhões do empréstimo DIP de fundos como o Elliott.
A Moelis é o assessor financeiro dos detentores de títulos de 2026, enquanto o Hogan Lovells é o assessor jurídico.
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