Ministro do STf afirmou que Jorge Luiz dos Santos, de 59 anos, cometeu os crimes de abolição violenta do Estado, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, e associação criminosa armada
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Moraes afirmou que Jorge Luiz dos Santos, de 59 anos, cometeu os crimes de abolição violenta do Estado, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, e associação criminosa armada. Além dos 17 anos de cadeia, Santos terá de pagar, com os outros condenados, R$ 30 milhões de indenização por dano moral coletivo.
“O réu dolosamente [intencionalmente] aderiu a propósitos criminosos direcionados a uma tentativa de ruptura institucional, que acarretaria a abolição do Estado Democrático de Direito”, escreveu o ministro. Relator do caso, Moraes foi o primeiro a votar na sessão virtual do plenário. O julgamento foi aberto na sexta-feira (2) e durará uma semana.
O pastor Jorge Luiz dos Santos está preso preventivamente em Brasília por 13 meses, desde o 8 de janeiro de 2023. Moraes rejeitou pelo menos dois pareceres da PGR que recomendavam a liberdade provisória.
No pedido mais recente, no último dia 29, a PGR concordou com a defesa do pastor ao apontar que Moraes usou um homônimo ao citar antecedentes criminais de Santos. O pastor tem outros antecedentes, afirmou a PGR, o que não o impedia de deixar a carceragem.
Moraes considerou que Santos havia sido condenado por estelionato e receptação no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A defesa do pastor classificou a medida de um “grave equívoco” e afirmou que tratava-se de outro homem, com outro RG e dez anos mais velho. No mês passado, familiares do pastor fizeram uma manifestação em frente ao Supremo, com a faixa “preso do 8/1 erro homônimo”.
Procurado na ocasião, o Supremo afirmou que Moraes deveria se manifestar no processo. O espaço está aberto a eventuais manifestações.
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