Investigações ocorrem a partir de irregularidades encontradas nos criadouros do ex-ministro de Bolsonaro, após ações do Ibama e do Ibram
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Titular do Ministério da Justiça no governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres foi indiciado pela Polícia Federal 38 vezes por maus-tratos praticados conta aves silvestres mantidas de forma irregular em sua residência, em Brasília.
Conforme Bela Megale, no O Globo, ele e a mãe, Amélia Torres, responderão ainda pelos crimes de falsidade ideológica, por registrar criatórios de pássaros em nome dela sem que a transferência de aves tivesse ocorrido na prática.
Ainda conforme a publicação, a PF também indiciou o ex-ministro por manter criadouros irregulares com pássaros da espécie bicudo, ameaçada de extinção, e por falsificação de anilhas das aves.
O inquérito policial foi instaurado a partir de irregularidades encontradas nos criadouros de Anderson Torres após ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e do Instituto Brasília Ambiental (IBRAM), em abril deste ano. Ele já foi multado pelos órgãos.
Segundo a PF, a perícia criminal constatou que parte considerável das aves tinham sinais de maus-tratos, uma delas, inclusiva, com uma mutilação na pata. O relatório foi encaminhado à Justiça Federal do Distrito Federal e aguarda parecer do Ministério Público sobre as conclusões da PF.
Procurada, a defesa disse, por meio de nota, que “o ex-ministro recebeu com surpresa seu indiciamento” e afirmou que ele “sempre foi criador, reconhecido pelo seu zelo, amor e apuro técnico no manejo dos pássaros sob seus cuidados”.
“O açodado indiciamento, que ocorreu sem a oitiva de Anderson Torres e Amélia Torres, foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que, cabe ressaltar, emitiu parecer no sentido de que a competência investigativa é exclusiva da Polícia Civil do Distrito Federal. Anderson Torres é o maior interessado que os fatos sejam esclarecidos em apuração célere, mas isenta”, acrescentou o advogado Eumar Novacki.
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