O potencial do programa é de alcançar até 32 milhões CPFs, que hoje estão no vermelho
Foto: assessoria/FGV Ibre
O governo federal contabilizou R$ 433 milhões renegociados pelo programa Desenrola Brasil, na quarta-feira (22), com o “Dia D do Desenrola”, mutirão voltado a divulgar o programa de renegociação de dívidas em todo o país.
Cerca de 72 mil pessoas foram beneficiadas com várias condições de renegociação, inclusive para pagamento parcelado, que pode ser efetuado em até 60 meses, sem entrada, com pagamento da primeira parcela somente em 2024.
Segundo balanço do governo, a ação solucionou 150 mil dívidas, e o valor total renegociado, em apenas um dia, foi sete vezes maior que a média diária da última semana.
O programa ofereceu descontos médios de 86,3%. O valor médio parcelado foi de R$ 1.087 e, à vista, o valor médio de pagamentos foi de R$ 262. Nos momentos de pico de acessos à plataforma do Desenrola na internet, foram feitas mais de duas renegociações por segundo.
No dia do mutirão, as agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil abriram uma hora mais cedo, para dar mais tempo para atendimentos a pessoas endividadas que podem se beneficiar de condições oferecidas pelo governo federal para a renegociação dos débitos pelo programa.
Desde segunda-feira (20), o Desenrola ocupou um dos três primeiros lugares de buscas no Google, tendo aparecido como o primeiro o termo mais pesquisado na quarta-feira, totalizando mais de 200 mil buscas.
Regras – Lançado em julho deste ano, o Desenrola abrange dívidas negativadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. A iniciativa do Ministério da Fazenda visa limpar o nome dos brasileiros após um cenário de crise econômica e endividamento na pandemia, trazendo esse público de volta para o mercado consumidor.
Na segunda-feira (21), o programa passou a oferecer condições de parcelamento para dívidas com valor atualizado de até R$ 20 mil de devedores com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Desde o começo do programa, mais de 3 milhões de brasileiros renegociaram cerca de R$ 246 bilhões em dívidas. O número é inferior ao falado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de 7 milhões, porque ele considerou ainda 6 milhões de brasileiros que tiveram dívidas de até R$ 100 retiradas dos registros de negativados. O potencial do programa é de alcançar até 32 milhões CPFs, que hoje estão no vermelho.
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