Por Edu Mota, de Brasília
Foto: Edu Mota/ Bahia Notícias
Deputados da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara ficaram revoltados, na manhã desta terça-feira (24), com mais uma negativa do ministro da Justiça, Flávio Dino, em atender convocação aprovada no colegiado. O presidente do colegiado, deputado Sanderson (PL-RS), anunciou a realização de uma nova reunião deliberativa da comissão para aprovar ações em relação ao ministro.
Após o presidente da Comissão explicar que esta é a segunda vez que Dino descumpre a convocação aprovada no colegiado, diversos deputados se revezaram nos microfones criticando duramente a postura do ministro da Justiça. Alguns chegaram a chamar ele de "canalha", "bandido", e alegaram que o ministro estaria cometendo crime de responsabilidade ao não atender a convocação da comissão.
"O crime organizado é quem mais está satisfeito com Flávio Dino naquela cadeira", disse o deputado Sargento Gonçalves (PL-RN).
Já o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) leu notícias de que o ministro teria feito diversas críticas aos deputados da comissão, inclusive ao dizer que a maioria deles não passaria pelos detectores de metal da Câmara, por andarem armados. E, segundo o deputado, disse ainda que teria medo de levar um tiro de algum parlamentar da Comissão de Segurança.
Outros parlamentares lembraram também o que chamaram de crise da segurança pública na Bahia, que já causou um total de 54 mortes, e pediram que a Comissão ingressasse com ação no STF contra Dino. O deputado Paulo Bylinskyj (PL-SP) afirmou que já apresentou requerimento pedindo o impeachment de Flávio Dino por crime de responsabilidade.
O deputado Sanderson, após o debate sobre a ausência do ministro, disse que irá procurar o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), para questionar o que pode ser feito para garantir a presença de Dino na Comissão.
"Ele vai ter que vir na Comissão. Eu asseguro a ele que a cortesia e a educação vão pautar a estada dele aqui. Ele não se precisa se preocupar porque aqui há homens e mulheres decentes que querem o bem do Brasil", disse Sanderson.
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